Enviada em: 25/07/2017

Em um mundo extremamente globalizado, a internet torna-se a principal difusora de informações, no entanto, essas informações precisam ser transformadas em conhecimento e a arte, tem um papel crucial na aquisição de cultura e sabedoria. O filósofo Friedrich Nietzsche, ao criticar a uso excessivo da razão para o entendimento do mundo, defende a existência de uma multiplicidade de interpretações para ele, tendo na valorização da arte, a cura para tudo. Portanto, discutir sobre a valorização da cultura é essencial para uma acessibilidade mais democrática da mesma.        Nesse contexto, pode-se observar que no Brasil, os espaços culturais como teatros e museus são escassos e, na maioria das vezes, localizam-se apenas nas grandes metrópoles, o que dificulta o acesso à toda população e demonstrando que a arte não é muito valorizada, sendo a falta de investimento tanto na arte quanto nos artistas, notável. Ademais, algumas cidades não possuem cinema e em muitas escolas não há biblioteca.       Assim, o sociólogo Pierre Bourdieu, ao dizer que os pobres em capital econômico e cultural tendem a investir menos na educação dos filhos, por não acreditarem que ela possa trazer retorno futuro, evidencia a existência de uma relação intrínseca entre cultura, capital e educação. O custo elevado para se ter acesso à cultura nos dias de hoje, inviabiliza a democratização da mesma e a torna, de certa forma, elitista.     Ainda convém lembrar da existência da Indústria Cultural, proposta pelos filósofos da Escola de Frankfurt, a qual enfatiza a mercantilização da cultura na atualidade, que, ligada à ótica capitalista de visar sempre o lucro, obriga os artistas a criarem não o que eles acreditam, mas o que "vende", de acordo com o interesse da mídia e dos detentores de capital.      Sendo assim, o Ministério da Cultura deve buscar valorizar mais os artistas e criar espaços culturais, como amostras de artes, oficinas e cinemas nas cidades, através de investimentos. Em adição, as escolas podem transmitir informações sobre literatura, leitura, conhecimento e arte, na tentativa de estimular o desenvolvimento da mentalidade crítica e evitar que a cultura continue sendo tratada como mercadoria, através de palestras e projetos pedagógicos. Por último, os meios de comunicação de massa devem difundir preceitos sobre a importância da arte para a educação e para o crescimento intelectual de cada um, por meio de propagandas, comerciais e reportagens.