Enviada em: 06/08/2017

Nos dias atuais, o acesso à cultura, infelizmente, não atinge grande parcela dos habitantes, em resumo, são pessoas de baixo poder econômico. Devido aos preços altos, a população mais pobre não tem acesso a grande parte da cultura do país. O problema se torna mais grave com a falta de oportunidade e tempo do público para praticar sua cultura.   A capitalização monetária exorbitante de alguns meios de produção cultural, como a indústria do cinema e da música é um dos fatores que encarecem o preço para acessar tais elementos culturais, por conseguinte estimula a pirataria, pois ela oferece produtos a preços mais baixos. Além disso, o acesso à internet é outro meio cultural que grande porcentagem dos brasileiros não possui por consequência da dificuldade de comprar computadores. Diante da situação, o Ministério da Cultura criou o Vale-Cultura, de 50 reais mensais para pessoas carentes para que possam gastar, por exemplo, em cinemas, teatros . Porém esta medida não basta para integrar majoritariamente a população ao acesso a cultura, para isso é necessário que cresça o poder econômico desta parcela populacional, para isso seria necessário uma melhor distribuição de renda do país.  Outro impasse para democratizar a cultura no Brasil se encontra na falta de investimento na área. Segundo a Unesco, a maioria dos municípios brasileiros não possuem salas de cinema, teatro, museus e espaços culturais, a organização também cita que metade das pessoas ocupadas na área cultural não têm carteira assinada e trabalham por conta própria. Vale lembrar a importância da cultura para a sociedade no sentido de criar novas possibilidades e ocupar, principalmente, os jovens de regiões marginalizadas e mais próximas do crime. Um exemplo disto pode ser notado no futebol que revela, constantemente, atletas que saíram da pobreza graças ao esporte, como o grande Ronaldinho que atuou na seleção brasileira . Por isso, vê-se necessário o investimento na infraestrutura de espaços culturais, por meio da construção de espaços nos municípios brasileiros de uso cultural como ginásios de esportes, cinemas, teatros, museus e de valorização dos profissionais do ramo.    Portanto, os cidadãos deveriam ampliar a discussão sobre distribuição de renda do país, principalmente por meio das redes sociais,  com o intuito de aumentar o poder econômico de pessoas carentes e garantir a independência de assistencialismos estatais. Por fim, a Receita Federal deve disponibilizar mais verbas ao Ministério da Cultura para que se possa investir na infraestrutura de espaços culturais, com intuito de ampliar o acesso à produção cultural no país.