Enviada em: 10/09/2017

Diante das várias formas a que se dá a identidade nacional, a cultura brasileira caracteriza-se pela sua heterogeneidade. Por isso, apesar das diferenças regionais, a cultura tem o papel de unificar a população por meio do compartilhamento de hábitos e valores. No entanto, o encarecimento do acesso a ela, tem o restringido a um grupo gradualmente menor de pessoas. Logo, associada à desigualdade econômica no Brasil, os desafios para a democratização da cultura são oriundos da sua elitização.      Decorrente da privatização dos recursos nacionais, as medidas acatadas acerca disso inviabilizam a isonomia social entre os cidadãos. Assim, inserida nesse contexto, a cultura tem se tornado menos acessível à população em geral. Dessa forma, proporcional à distribuição de renda no país, as manifestações culturais são atribuídas a um mercado consumidor cada vez menor e mais concentrado. À vista disso, observa-se que a transformação da cultura em produto é tão benéfica aos seus autores quanto é prejudicial à sociedade brasileira.           Para além desse ímpeto financeiro, a dificuldade do acesso à cultura corrobora no aumento das mazelas sociais. Isso posto, é evidente que a cultura contribui para a conscientização dos indivíduos em geral, de maneira que defende a tolerância acerca das diferenças entre as classes. Por conseguinte, o contato entre cultura e cidadão é capaz de modificar a estrutura ideológica nacional. Assim, "a cultura muda sim o país", como afirma Betinho.                Portanto, à vista dos desafios para democratizar a cultura no Brasil, é necessário que o Estado juntamente com as escolas contribuam. Para isso, o Governo Federal deve promover eventos culturais por meio do investimento no setor público, viabilizando a construção de espaços simples de fácil acessibilidade aos artistas e aos espectadores. A favor dessa medida, torna-se efetivo o papel da escola de incentivar projetos para a troca e para a distribuição de livros nos polos marginalizados das cidades.