Sendo fundamental para a identificação de um povo, a cultura é a principal forma de expressão que molda a sociedade. No entanto, a dificuldade de acesso à cultura por toda população e o preconceito com outras costumes e hábitos dificultam sua democratização. Em primeiro lugar, é incontrovertível que a falta de condições financeiras de parte da população dificultam o alcance à cultura. Como já afirmou o sociólogo Adorno, em que a indústria cultural prioriza o lucro em detrimento da arte. Prova disso são os altos preços dos ingressos de cinemas, shows e teatros, lugares onde somente quem tem poder aquisitivo tem condições de frequentar. Ademais, a intolerância com outros tipos de cultura faz com que esta seja segregada e tida como "imprópria". Dessa forma, não abrindo espaço para outras pessoas se expressarem como prevê a Declaração dos Direitos Humanos. Um exemplo dessa discriminação é o "funk" no Brasil, em que muitas pessoas não o veem como movimento artístico e como cultura de expressão de uma parcela da população. Em vista dos fatos elencados, fica claro como a desigualdade social e a intolerância corroboram para a não democratização da cultura. Desse modo, cabe ao Ministério da Cultura criar projetos e eventos, reduzindo o preço ou até provendo de forma gratuita, facilitando o acesso à cultura pelas classes sem condições de pagar por tal serviço. Outrossim, as escolas devem trabalhar a questão da intolerância cultural, por meio de aulas e palestras que visem erradicar o preconceito contra outras formas de expressão.