A cultura materializa direitos e perpetua o modo como a sociedade se sente e se expressa. Fazer com que esse complexo que inclui o conhecimento, arte, crenças, leis, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano chegue para todos, é um dos grandes desafios atualmente no Brasil. Além da falta de acessibilidade cultural pela carência de capital a ser usado para este fim, há também uma escassez de investimentos públicos nesse setor. O inacesso à cultura na sociedade brasileira é preocupante. Segundo dados da UNESCO, mais de 92% dos brasileiros nunca foram a museus ou a alguma exposição de arte. Torna-se claro, nesse sentido, que os desafios são muitos e que abrir o espaço cultural para todos é de extrema importância e urgência. Segundo a Constituição, o Estado garante a todos o pleno exercício dos direitos culturais, e apoia a valorização e difusão das manifestações artísticas através da democratização do acesso aos bens de cultura. Apesar desse direito ser assegurado, a realidade é diferente. Além do baixo investimento nessa área, há também uma questão social, que faz com muitas pessoas deixem de frequentar museus, teatros, espetáculos e afins, seja por falta de acesso ou por falta de recursos financeiros. Com isso, causando um desestimulo e desinteresse da população. Fica evidente, portanto, que promover o acesso à cultura e abrir novas perspectivas relacionadas a arte é de extrema importância. Faz-se necessário, que o Ministério da Cultura, juntamente com o Poder público devem promover ações e criar projetos de lei sobre investimentos e incentivos nesse âmbito. Ademais, organizações e instituições, com auxilio do Estado, devem propiciar sessões gratuitas e/ou com valores populares, e descentralizar alguns projetos artísticos, para que não aja restrição. Só assim, os desafios para democratizar o acesso à cultura serão sanados.