Enviada em: 29/10/2018

Sob a perspectiva de Thomas Malthus, a população cresceria de forma geométrica enquanto o alimentação de maneira aritmética. No entanto, tal premissa foi desmistificada, uma vez que os mantimentos são produzidos com excelência. Todavia, os alimentos não chegam a todas as famílias, devido aos altos preços que neles são impostos, além da baixa qualidade dos alimentos produzidos. Desse modo, diminuir os preços e investir em políticas públicas para reverter esse quadro é crucial.    Em primeira análise, sabe-se que a alimentação nutritiva é fundamental para a qualidade de vida da sociedade. Contudo, tal premissa não abrange toda população, pois muitos ainda carecem de mantimentos para sobreviverem e sustentarem seus familiares. Tal fato advém dos preços abusivos dos supermercados e mercearias, que tem como prioridade lucrar ao máximo. Não obstante, segundo dados do IBGE em 2016, metade dos trabalhadores recebiam menos que 880 reais, ou seja, não tinham condições de se sustentar dignamente, tão pouco contribuir com o lucro de tais estabelecimentos, ocasionando a subnutrição que, por conseguinte, leva ao mau rendimento no trabalho, posteriormente o desemprego, e por fim a vulnerabilidade social, podendo acometer a morte. Por esse motivo, a incoerência persiste nesse cenário deplorável.   Em segunda análise, sob a óptica Aristotélica, a política deve ser utilizada de modo que , por meio da justiça , o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, a Constituição Federal garante o direito a alimentação a todo cidadão brasileiro. Entretanto, não é isso que corrobora no Brasil hodierno, pois os brasileiros de baixa renda, por exemplo, não conseguem se alimentar de forma saudável, porque ingerem pouca quantidade de verduras e hortaliças, e mais quantidade de gorduras do que o recomendado. Dessa forma, o país perpetua problemas pela negligência governamental.   Infere-se, portanto,  a indispensabilidade de medidas para transpor as barreiras da mazela supracitada. Logo, o Governo, deve ofertar empregos para aqueles que necessitam, oferecendo cursos gratuitos para que estes se capacitem e estejam aptos a ingressarem no mercado de trabalho, além de aumentar o salário mínimo vigente, mas sem subir com o preço dos alimentos, pois, bem alimentado, o trabalhador, decerto, terá um ótimo rendimento. Outrossim, cabe ao Ministério da Agricultura direcionar o abastecimento, primordialmente, para o mercado interno e ,subsequentemente, para o mercado externo, na busca por redução dos custos da alimentação no país. Com isso, o cidadão terá condições de exercer suas funções plenamente, pois um indivíduo bem alimentado significa vida abundante e progresso.