Desde a Antiguidade, a relação do ser humano com a alimentação é bem próxima, tanto no quesito nutricional quanto no social. Hodiernamente, porém, essa relação vem sendo abalada, criando uma crescente nos desafios relacionados à alimentação dos brasileiros. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro. Em uma primeira análise, cabe salientar que os hábitos fomentados pelo modelo de vida capitalista são grandes inimigos na luta a favor de uma alimentação equilibrada. Para Zygmunt Bauman, isso acontece pois o modo de vida acelerado estimulado por esse modelo de vida, torna os indivíduos adeptos da filosofia "quanto mais rápido melhor". Desse modo, é visível como o capitalismo estimula o consumo de refeições com preparo rápido, que na maioria das vezes, são industrializados e nã fazem tão bem à saúde. Ademais, é importante citar que os hábitos alimentares brasileiros não são tão saudáveis quanto deveriam. Segundo a pesquisa nacional de saúde do IBGE (instituto Brasileiro de geografia e estatística), em 2013 o brasileiro consumia poucas hortaliças e frutas, mas em compensação abusava dos alimentos ricos em gorduras, além de gozar de um estilo de vida sedentário. O crescente número de obesos sustenta essa tese, dados do ministério da Saúde revelam que em 2018 18,6 % da população era obesa, em contrapartida na primeira vez que o estudo foi realizado, em 2006, essa parcela era de 11,8%. Portanto, fica claro ser necessário resolver os problemas relacionados à alimentação no Brasil. É imprescindível que o Governo e as instituições de ensino incentivem a alimentação saudável, introduzindo esse hábito no dia-a-dia escolar das crianças e jovens a fim de despertar o interesse desse público mais jovem, o verdadeiro motor de mudança dos mais hábitos. Dessarte, assim poderemos reatar essa relação harmoniosa que tínhamos com o alimento.