Enviada em: 12/03/2019

A Constituição Federal de 1998 garante a todo brasileiro o direito à alimentação adequada. Entretanto, esse plano teórico não se aplica bem à realidade brasileira, já que, segundo o IBGE o número de pessoas com obesidade vem aumentando ano após ano. Esse quadro é agravado devido a busca pela praticidade e falta de programas governamentais. Dessa forma, governo e sociedade devem se unir para amenizar esse quadro.             No que concerne à problemática, é indiscutível que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o importante filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por intermédio da justiça, o equilíbrio possa ser alcançado na sociedade. De maneira semelhante, é notório que, no Brasil, infelizmente, conforme o site de notícias G1, devido ao movimento monótono nos cotidianos dos brasileiros, estes aumentaram em 25% sua busca por alimentos instantâneos. Este fator influencia, de forma expressiva, a manutenção do pensamento de impotência do povo brasileiro, o que, sem o apoio do governo, desenvolve uma sociedade mais propícia a doenças, como a hipertensão.        Outrossim, destaca-se a ineficácia do Poder Executivo como impulsionadora do problema. Consoante a afirmação de Aristóteles, para o sociólogo alemão Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, munida de exterioridade, generalidade e coercitividade. Sob esse viés, vê-se um descaso na educação pública referente ao desconhecimento dos direitos sociais assegurados pelo artigo sexto da Constituição Federal de 1988, haja vista a ausência de uma matéria específica na grade nacional comum curricular que discuta acerca do tema. Tal fato reflete-se nos ínfimos investimentos governamentais em capacitação profissional, bem como em melhor estrutura física, medidas que tornariam a presença no ambiente escolar o primeiro passo daqueles que desejam libertar-se da situação caótica na qual se encontram.                Diante do exposto, o Ministério da Educação deve contratar mais profissionais especializados no tema por meio de abertura de concursos públicos para preencher essas vagas com a finalidade de promover uma educação mais saudável. Além disso, ONGs ligadas à saúde devem transmitir orientações nutricionais por meio de palestras com o objetivo de melhorar a educação alimentar familiar.