Enviada em: 09/04/2019

As problemáticas que envolvem os desafios relacionados à alimentação no Brasil são, até para os olhos menos atentos, umas das maiores adversidades da atual sociedade. Com a evolução do capitalismo e do mercado de trabalho, a partir da Revolução Industrial, os indivíduos não tem mais tempo para se alimentarem adequadamente, principalmente por conta de seu cotidiano atribulado. Nesse sentido, apesar da relevância de uma alimentação balanceada para uma boa qualidade de vida, ela é tratada com descaso por parte dos brasileiros. Nessa dinâmica, cabe a análise de duas direções: a falta de conhecimentos básicos sobre nutrição por parte da população e os impactos causados pela má alimentação na saúde brasileira.    Ao partir dessa realidade, a falta de conhecimento por parte dos brasileiros a cerca da necessidade de uma alimentação nutritiva corrobora de maneira significativa para a problemática. Com campanhas midiáticas que mostram as vantagens de se comer um ''fast-food'', por exemplo, e com produtos com rótulos pouco compreensíveis e manipuladores, a população está submetida diariamente a uma alimentação muito rica em gorduras e carboidratos, compostos orgânicos que levam a muitas consequências para a saúde, e o desconhecimento desses riscos atenua ainda mais o problema, já que o consumo é frequente e em grandes quantidades. Os dados apresentados pelo Estadão, jornal do estado de São Paulo, que mostraram que o Brasil é o quarto país que mais consome '' fast-food'' no mundo, denuncia essa realidade vivida pelos brasileiros na contemporaneidade.    No mesmo viés, está os impactos causados por uma alimentação de pouca ou nenhuma qualidade na sociedade. Dados do Ministério da Saúde mostraram que a obesidade no Brasil cresceu 60% nos últimos dez anos, de modo a revelar o quão preocupante é a problemática para a população. Quando se fala dos impactos de uma alimentação desregulada na qualidade de vida de uma pessoa, as doenças crônicas aparecem em destaque, e diabetes e hipertensão são alguns exemplos, de modo que ocupam a quarta e a sexta posição, respectivamente, na lista das principais causas de morte no país, de acordo com a revista Exame.    Logo, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com as escolas, incluir em sua grade curricular aulas de Educação Alimentar e Nutritiva (EAN), de modo a ensinar as crianças as formas corretas de alimentar-se diariamente, incentivando uma dieta balanceada e uma rotina de exercícios diários, por exemplo, além de oferecer palestras mensais aos responsáveis desses jovens. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde vincular campanhas midiáticas que informem a população sobre os princípios de uma alimentação equilibrada e quais são os benefícios decorrentes dessa mudança de hábitos.