Enviada em: 02/06/2018

Na Idade Média a educação das crianças ficava nas mãos dos religiosos com a utilização de castigos como punição física, espancamento. Por conseguinte, no período da Revolução Industrial com o surgimento das fábricas, o abuso era representado pelas extensas horas de trabalho ilustrando assim, uma relação assimétrica de poder em que à criança não passa de um ´´fantoche´´ nas mãos de um adulto. Contudo, na sociedade contemporânea ainda não são respeitados os direitos da infância e do adolescente, resguardados pelo E.C.A., criado na década de 1990. Portanto, nota-se que o combate a vulnerabilidade social na infância e a garantia dos direitos dos jovens podem está associados a fatores sócio - históricos, políticos e de saúde pública.    Inicialmente, existe a questão da saúde pública. Logo, observa-se o descaso e a ineficiência do S.U.S. para com as crianças com a manifestação do espectro do autismo. Por conseguinte, a síndrome afeta quase todos os aspectos do comportamento humano como a fala, os movimentos do corpo, a vida social, sendo assim, o autismo deve ser identificado precocemente para que as crianças possam ter acesso a profissionais especializados, pois é na fase inicial que o tratamento tem os melhores resultados. Entretanto, por serem extremamente mal estruturados, os CAPS, na prática, estão longe do ideal para atendimento, principalmente daqueles que necessitam de tratamento mais complexo como é o caso do autismo, ou seja, os direitos das crianças autistas não são preservados pelo Estado.    Por outro lado, Émile Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele ´´a educação é uma socialização da jovem geração pela adulta´´. Não obstante, a formação escolar brasileira não trata de forma aprofundada á violência contra crianças e adolescentes, tangenciando-a em poucas aulas de atualidades. Logo, em uma sociedade que toma o castigo como prática educativa em que uma punição extrapola o limite do aceitável, a violência se transforma em relação deliberadamente abusiva. Consequentemente indivíduos sem uma formação sólida podem vir a cometer atos de barbárie contra jovens como nos casos de homicídio da Isabella Nardoni e também de Bernardo Boldrini  que chocaram o Brasil.    A fim de atenuar os problemas, o Governo deve ser mais atuante. Portanto, é importante que o Ministério da saúde disponibilize psicólogos em hospitais da rede pública para que a população brasileira possa cuidar de aspectos psicológicos. Ademais, outra estratégia interessante seria o incentivo à programas como o C.V.V (Centro de Valorização da Vida). que é um número gratuito que as pessoas possam ligar para discutir sobre problemas e questões psicológicas.