Enviada em: 19/08/2018

Diferentemente do período da Revolução Industrial, no século XVIII, em que as crianças e adolescentes eram explorados nas fábricas e não possuíam qualquer direito, hoje os jovens tem seus direitos resguardados e tidos como universais pela ONU. No Brasil, há ainda leis especificas para garantir o bem estar dos indivíduos menores de 18 anos, o Estatuto da Criança e do Adolescente. No entanto, embora o estabelecimento do estatuto tenha gerado grandes melhorias, muitos jovens brasileiros ainda estão fora da escola e até mesmo inseridos no mundo do crime.     Comumente, observa-se, por todo o país, crianças e adolescentes que não frequentam a escola. Diversos fatores estão envolvidos na evasão escolar, estando entre os principais a falta de interesse do aluno, tanto por questões de personalidade ou quanto pelo ensino mecanicista, e as más condições financeiras da família. No que tange aos problemas econômicos, muitos jovens são motivados a largarem a escola para poder trabalhar e ajudar no sustento em casa, um fato já banal em nossa sociedade. Desse modo, embora o ensino seja obrigatório pra os brasileiros entre os 4 e 17 anos, quase 2,5 milhões de menores de 18 anos estão fora da escola, segundo pesquisas do Pnad.      Além disso, devido à realidade em que inúmeros jovens estão inseridos, os caminhos encontrados fora da escola muitas vezes levam à criminalidade. Analogamente ao pensamento do sociólogo Pierre Bordieu, que afirma que os indivíduos estão sujeitos a incorporar a estrutura social na qual estão inseridos, afetando seu modo de sentir, pensar e agir, muitas crianças e adolescentes incorporam a criminalidade em que vivem, seja por influência ou seja por enxergarem como único meio para melhorar suas condições de vida. Logo, muitos jovens ainda são afetados pela interação social.       Portanto, a fim de amenizar os problemas relacionados aos direitos das crianças e adolescentes no Brasil, cabe ao governo federal buscar meios de reduzir a evasão escolar, principalmente a de motivação econômica, mediante o aumento do número de vagas para jovem aprendiz por todo o país, priorizando os adolescentes de baixa renda, podendo, assim, prover trabalhos legais e manter os jovens estudando. Ademais, os governos municipais e ONGs poderiam promover atividades que visem afastar a juventude da criminalidade, por meio de grupos de dança, esporte e arte para os jovens em detenção e residentes de áreas com grande foco de crime.   (30 linhas na mão)