Enviada em: 26/06/2017

Desde a consolidação do capitalismo no século XVI e ampliação das jornadas de trabalho no Brasil, o ser humano vem se distanciando dos cuidados com o corpo. Tal fato tem contribuído negativamente para o crescente número de cidadãos obesos, afetando consequentemente as instituições públicas de saúde que precisam atende-las. Desse modo, é fundamental analisar os fatores que provocam e os efeitos da problemática em questão.    Em primeiro lugar, nota-se o comportamento inadequado da população relativo às praticas saudáveis. A começar pela alimentação gordurosa; se por um lado os produtos estão cada vez mais acessíveis, fáceis de serem feitos, por outro encontram-se menos nutritivos e mais calóricos. Aliado a isso, os "mini-rótulos" estão sendo, muitas vezes, esquecidos pelos consumidores. Além de não se preocupar com esses aspectos, uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) comprova que apenas 1 a cada 5 brasileiros pratica exercícios físicos e atividades como caminhadas.     É fundamental pontuar, ainda, que os maus hábitos da população na alimentação contribuem para impasses na saúde publica. Prova disso, está nos crescentes casos de hipertensão e diabetes, em crianças, adolescentes e adultos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a tamanha demanda de pacientes tem provocado a diminuição de equipamentos como medidores de pressão, devido ao uso constante. Ainda mais, os centros públicos de psicologia encontram-se cada vez mais lotados, isso porque muitos indivíduos acabam adquirindo doenças psicológicas por estarem acima do peso e sofrerem preconceitos.          Fica claro, portanto, a necessidade de combater os alarmantes casos de adipose no país. Para isso, cabe ao Ministério da Educação  juntamente com o terceiro setor - composto por associações que buscam se organizar para conseguir melhorias na sociedade - promover campanhas e palestras educativas nos mais variados locais, principalmente nas escolas, incentivando uma boa alimentação e enfatizando os efeitos positivos dos exercícios e atividades físicas. Em consonância,  é preciso que o Governo, invista na criação e reestruturação de centros esportivos estimulando pessoas a buscarem tais ações. Some-se ainda uma maior fiscalização por parte das Associações responsáveis por regularizar produtos, a fim regularizar as informações, e a visibilidade da embalagens. Por fim, como a filosofia nos mostra com Platão, o importante não é apenas viver, mas viver bem.