Enviada em: 17/07/2017

Em 40 anos, o índice de obesidade cresceu 1000% no Brasil. O país apresenta dados alarmantes sobre essa temática como o de cerca de 39% das crianças e 10% da população estarem acima do peso. Dessa maneira, é notório o fato de que a obesidade se configura como um grave problema de saúde pública, que precisa ser urgentemente revertido. O efeito da epidemia é um paradoxo, pois ao mesmo tempo em que milhares de pessoas vivem insegurança alimentar no país, 40% dos adultos estão obesos. Esta lógica, não se restringe ao Brasil, 58% da população latino-americana estão com sobrepeso e 23% obesa. Esses dados alertados pela ONU, auxiliaram no lançamento de metas pelo Ministério da Saúde para conter o avanço da obesidade no país. O estilo de vida incentivado pela comodidade das novas tecnologias associada a ingestão de alimentos altamente calóricos e a falta da prática de atividade física são as principais razões da epidemia. Os custos da obesidade na economia vem aumentando gradativamente e atualmente correspondem a 5% de todas as despesas do SUS ( Sistema Único de Saúde). O maior efeito da doença é que a mesma vem, na maioria das vezes, acompanhadas de diversas enfermidades ( diabetes, pressão alta...), o que acaba pressionando os já superlotados centros de saúde. Logo, é necessário parcerias entre os Ministérios da Saúde e do Esporte, juntamente com as respectivas secretarias, para a criação de mutirões aos finais de semana para a prática de exercícios físicos com acompanhamento de profissionais da área. A longo prazo, com parcerias de empresas privadas, a construção de centros esportivos e áreas de lazer para a população com o acompanhamento de profissionais de educação física, nutricionistas e psicólogos auxiliará no declínio das taxas de obesidade. Com a implantação de tais medidas será possível conter os avanços da epidemia.