Enviada em: 18/08/2017

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal. Apesar de ser popularmente associada ao autocontrole, essa patologia está ligada a causas mais diversas do que o trivial sedentarismo e maus hábitos alimentares. Ela tem se espalhado como um surto na sociedade contemporânea gerando sérias consequências aos indivíduos e a saúde pública.   O problema perpassa por muitos fatores determinantes. No âmbito econômico, a população de baixa renda está mais propensa a consumir alimentos altamente processados e industrializados que são ricos em calorias, já que, estes são relativamente mais acessíveis monetariamente. Além disso, a rotina caótica e ocupada do cidadão do século XXI, contribui para que ele se alimente da forma mais prática e rápida possível como em restaurantes de fast food e lanchonetes, as quais franquias lotam o espaço urbano e ampliam as opções gordurosas e cheias de sódio. As predisposições genéticas e os desequilíbrios hormonais também são uma parcela da causa do excesso de peso.   Como resultado, estes elementos aliados a uma rotina de falta de atividades físicas têm causado uma epidemia de obesidade que afeta diretamente a saúde pública. Hipertensão, diabetes, problemas articulares, respiratórios e até mesmo psicossociais são alguns dos efeitos do aumento no índice de massa corporal. Essas doenças provenientes lotam as emergências dos hospitais e as salas dos médicos com pacientes em busca de medicamentos e soluções, totalizando 5% das despesas totais do Sistema Único de Saúde no Brasil.   Dessa maneira, diminuir essa porcentagem se tornou um desafio para conseguir uma população saudável e reduzir os custos da saúde. A sala de aula é o caminho para evitar problemáticas futuras e outras patologias decorrentes do aumento de peso. Ensinar a criança sobre alimentação com nutricionistas, práticas esportivas e cuidados básicos, é garantir um indivíduo a menos sob tratamento médico na fase adulta. A mídia e a família também são agentes principais na valorização de uma rotina que proporcione bem-estar por meio de debates e conversas geradas por meio de campanhas. Fica claro, assim, que a reeducação alimentar desde a infância é a ferramenta principal para conter os vícios da liquidez da sociedade atual.