Enviada em: 23/08/2017

Oriundo do século XXI, o aumento do número de obesos é um problema de forte impacto na saúde pública do país. Isto posto, questiona-se toda a dinâmica de hábitos e tendências inerentes ao atual comportamento da sociedade brasileira. Logo, uma vez que o período vigente corrobora uma série de novos ímpetos biológicos e sociais, eleva-se a ocorrência de algumas doenças. Por fim, a obesidade é tão prejudicial à saúde pública quanto os fatores que a viabilizam.        A padronização do corpo consiste em construir arquétipos distantes da realidade humana. Deste modo, a pós-modernidade é caracterizada pelo surgimento de distúrbios alimentares advindos das exigências físicas as que a sociedade atual propaga mais gravemente que todas as anteriores. Consequentemente, a obesidade não apenas decorre dessas premissas, mas submete os pacientes à exclusão social causada por elas.       Para além dos problemas sociais que interferem no aumento da mazela, atuam as predisposições biológicas e a mudança de hábitos alimentares. Diante desse cenário, a atividade de consumir passou a ser o ponto central da existência humana, como afirma o antropólogo argentino Nestor Canclini. De maneira análoga, juntamente com os avanços do sistema capitalista, o acesso exacerbado às mercadorias impactou a lógica alimentícia da população, que consome mais do que verdadeiramente precisa.        Em vista das causas e influência desse problema na saúde pública, torna-se necessária a atuação do Estado e das instituições moralizadoras, como a mídia e as escolas. Para isso, o Governo Federal deve determinar alterações no comércio de alimentos, em que será permitida somente a venda de produtos previamente aprovados pelo ministério da saúde. Além disto, as escolas em parceria com as redes abertas de televisão devem vincular campanhas publicitárias acerca dos perigos das referências corporais adotas pela sociedade.