Enviada em: 26/08/2017

O adulto de amanhã será o resultado daquilo que o jovem estiver consumindo hoje. Sendo assim, são preocupantes as conclusões da pesquisa do Ministério da Saúde. Problemas como diabetes, hipertensão, excesso de peso e obesidade aumentaram significativamente nos últimos dez anos, chamando a atenção para a alimentação dos brasileiros. Todo esse cenário, além de acarretar uma perda na qualidade de vida, traz custos elevados ao nosso sistema de saúde. Portanto, é necessário identificar as causas dessa problemática para que se possa pensar em medidas factíveis para amenizar a questão.        Em primeiro lugar, deve-se atentar ao sedentarismo. Baseado no culto ao consumo e ao progresso tecnológico, o "American way of life", ou estilo de vida americano, favorece a falta de atividade física. Um exemplo desse caso é o encorajamento do uso excessivo do carro, ou a praticidade na troca de escadas rolantes. Prova disso é o resultado do relatório editado pela União Internacional dos Transportes Públicos, que mostra que o aumento da frota de carros dobrou nos últimos dez anos. O lazer totalmente sedentário, também, impele seus adeptos ao consumismo desnecessário com seu fluxo incessante de publicidade, as práticas alimentares dos telespectadores, em particular dos mais jovens, para o consumo exagerado.       Consequentemente, tem-se o aumento da depressão e da discriminação. No mais, de acordo com um artigo da Le Monde Diplomatique, a obesidade causa duzentas mil mortes por ano, ficando apenas abaixo do tabaco, mas bem a frente do álcool e dos acidentes automotivos. É a segunda causa de "mortes evitáveis" no mundo inteiro. Vale salientar, também, que um terço das crianças de cinco a nove anos têm excesso de peso no mundo, segundo a OMS.      Por fim, para diminuir as taxas de obesidade, algumas medidas são necessárias. Através de iniciativas governamentais, a multiplicação de locais e oportunidades para a prática de atividades físicas e a adoção de uma lei que garanta os valores nutritivos de um produto em suas embalagens, para que os consumidores estejam mais conscientes do que estão ingerindo, são providências que podem ser realizadas. Nas escolas, a proibição da venda de refrigerantes pela direção da escola ou por sanção de uma lei, além da orientação dos professores aos alunos da educação básica na nutrição dos alimentos, através de dinâmicas em sala, são formas eficientes para diminuir a obesidade infantil. Dessa maneira, a obesidade deixará de ser um problema na vida dos indivíduos.