Enviada em: 18/09/2017

A reforma Pereira Passos, realizada no início do século XX, foi uma das primeiras atitudes governamentais de grande escala para a promoção da saúde no Brasil. Com a supervisão de Oswaldo Cruz, serviços de vacinação foram implementado. Na contemporaneidade, é possível observar que a saúde pública tomou outros rumos, e vem investindo consideravelmente no combate à obesidade. É indispensável que a nação analise o efeito dessa doença no Sistema Único de Saúde.   É essencial examinar, antes de tudo, os impactos biológicos causados por essa doença. Nesse viés, infere-se que o excesso de peso ocasiona diversos distúrbios de saúde, como diabetes e problemas cardíacos, cada qual necessitando de gastos específicos para remediação e cirurgias. De acordo com uma reportagem do Jornal Globo de 2015, o SUS gasta mais de 400 milhões por ano em tratamentos relacionados à adipose corporal. Dessa forma, percebe-se como essas despesas sobrecarregam os investimentos públicos, já que a obesidade torna-se apenas o ponto inicial de inúmeros problemas de bem-estar.    Além disso, outro impacto dessa questão é a saúde mental. A gordofobia, ou seja, o preconceito contra gordos e obesos, gera sérias consequências emocionais em suas vítimas, como distúrbios alimentares e depressão. Um exemplo disse é a famosa "youtuber" Ellora Haone, que, após sofrer discriminação de colegas e familiares, sofreu com a bulimia e precisou recorrer a ajuda psiquiátrica.  Desse modo, nota-se como o sistema teve que mudar para atender essa alta demanda.   Fica claro, portanto, que obesidade mudou o funcionamento do SUS. Faz-se necessário que o Ministério da Saúde junte-se ao Ministério da Educação para incentivar a atitude de medidas preventivas, como exercícios físicos e alimentação regular, por meio de palestras e cartilhas explicativas. Também, ONGs contra o preconceito devem cobrar a mídia para que haja o repúdio a gordofobia em novelas e comerciais, expondo os efeitos psicológicos que isso pode trazer às vítimas.