Enviada em: 04/10/2017

Males do século XXI      Durante a República Velha, Oswaldo Cruz surgiu como uma figura fundamental na promoção da modernização do Rio de Janeiro através da Reforma Sanitária. Esse projeto, por sua vez, tinha como objetivo melhorar a saúde da população ao passo que lutava contra doenças como a Peste Bubônica e a Febre Amarela. No entanto, hoje tais doenças não afetam mais a expectativa de vida da sociedade como no século XX. Os anos passaram e novas preocupações surgiram como, por exemplo, a obesidade. Contudo, por não ser encarada como doença mas um desleixo pessoal por má alimentação, sua problemática é acentuada à medida em que o número de obesos dispara e suas consequências à saúde física e mental são evidenciadas.     É notório que a obesidade provoca doenças como hipertensão, diabetes e, até mesmo, depressão. No entanto, o fardo que o indivíduo obeso pode carregar é vasto, sendo constantemente vítima de piadas e discriminação por não se encaixar no padrão de beleza magro. Assim, a solução encontrada é, comumente, a exclusão. Dessa maneira, uma vez distante socialmente, o sofrimento e constrangimento se reduziria. Entretanto, tal realidade não é compartilhada por uma ínfima parcela da população, mas oriunda de um contexto histórico em que a obesidade é, de certa maneira, motivada por fins lucrativos.    O século XXI é, usualmente, associado ao período da espontaneidade, fluidez e superficialidade. Nesse contexto, as redes de fast-food ganharam espaço em uma sociedade em que cada vez mais se preza pela rapidez. Porém, o grande impasse dessa situação é o caráter dos alimentos fornecidos por essas empresas: ricos em carboidratos, gordura trans e glúten. Por esse motivo, a alimentação da sociedade atual se torna precária e alarmante. Segundo pesquisa realizada pela ONU, cerca de 58% da América Latina está com sobrepeso e 23% é obesa. Visto a expressividade dos números, é possível perceber que a obesidade deve ser tratada como questão de saúde pública urgentemente.      Em suma, a obesidade e seus efeitos devem ser combatidos. Para isso, é necessário que o Ministério da Saúde lance campanhas em rádios e televisão convocando a sociedade para realizar exames de check-up. Assim, com diagnósticos precoces, as doenças provenientes de uma dieta rica em gordura seriam mais facilmente combatidas ou prevenidas. Além disso, é preciso que as famílias criem um hábito alimentar saudável nas crianças desde cedo, motivando a comer verduras e legumes. Todavia, ninguém é obrigado a ser magro. Visto isso, as escolas precisam distribuir cartilhas e realizar palestras a respeito do bullying aos alunos, evitando que crianças obesas sofram discriminação. Feito isso, os problemas oriundos da obesidade seriam apaziguados.