Enviada em: 05/10/2017

A hipertensão arterial e o diabetes, doenças relacionadas à obesidade, têm impactado negativamente os custos da saúde pública no Brasil, com elevados gastos em afastamentos no trabalho, internações, pensões em casos de falecimentos. Lamentavelmente, a má alimentação do brasileiro aliada a uma rotina de sedentarismo explicam a epidemia de obesidade por que passa o país.       Até 2006, 10% da população brasileira era obesa e já em 2017, conforme atesta o Dr. Dráuzio Varella, estes números alcançam a cifra de aproximadamente 20%. Segundo o mesmo autor, atualmente, nos Estados Unidos, 30% da população é obesa. A explicação para tal incremento reside no fato de que o brasileiro ingere cada vez mais carboidratos na forma de "fast-food", biscoitos, refrigerantes, enlatados. Tempos houve em que o homem tupiniquim fazia refeições à mesa junto a familiares bebendo, inclusive, sucos à base de frutas tropicais. Esses hábitos foram negligenciados em prol de uma vida corrida e em função de apelos midiáticos que moldam os seus hábitos alimentares.       Do mesmo modo, a postura sedentária dos tempos modernos é outro fator que contribui para o surto de obesidade. Tomem-se por exemplo duas fotografias de banhistas em Copacabana: uma dos anos 30 e uma atual. Percebe-se claramente que as pessoas eram mais esguias ao contrário de hoje. Antes, caminhava-se mais, aproveitando melhor o espaço público para recreações ao ar livre. Hoje, o indivíduo vive recluso, prostrado no sofá diante do televisor, dedilhando o "smarthphone" ou preso horas nos engarrafamentos das grandes cidades.       Pode-se afirmar, portanto, que os efeitos da obesidade na saúde pública brasileira tendem a aumentar em face dos péssimos hábitos alimentares e do sedentarismo, o que deve ser corrigido. Para tanto, espera-se que o Governo regulamente e fiscalize a publicidade alimentar; às escolas cabe orientar as gerações futuras sobre os riscos da obesidade. Afinal, válido é o adágio popular: "prevenir é melhor que remediar".