Enviada em: 11/10/2017

Com a consolidação do capitalismo, no séc. XXI, houve um aumento no poder aquisitivo das pessoas, proporcionando um maior consumo por parte das mesmas, como o alimentício. Em virtude disso, no contexto brasileiro nota-se um aumento nos índices de sobrepeso, por conta de um consumo exagerado de produtos poucos saudáveis. Mediante a este fato, consta-se que a obesidade configura-se uma consumação desregrada aliada à inércia - estado de repouso - física do indivíduo, o que ocasiona graves efeitos à saúde.  Zigmunt Bauman, importante sociólogo, ao pronunciar a frase "Consumo, logo existo", demonstrou que na sociedade pós moderna, a condição indispensável à vida é o consumo. Nesse contexto, insere-se os "fast-foods", e os diversos alimentos calóricos e industrializados, consumidos indiscriminadamente pelas pessoas, as quais ficam propensas a desenvolver distúrbios alimentares. Concomitante a isso, está o sedentarismo - ausência de realização de atividades físicas- que acomete grande parte da população, que, aliado ao consumo desregrado, contribui para o quadro de obesidade alarmante no país, como mostra o índices do Ministério da Saúde (MS) , os quais indicam um aumento de 60% de obesos nos últimos 10 anos.  Por conseguinte, o excesso de ingestão calórica e a falta de gasto das mesmas acarreta um pacote de doenças. Dado que, a obesidade é a mãe de todas as doenças metabólicas - diabetes, hipertensão, colesterol - como afirmar Claudio Mottin, diretor do Centro de Obesidade da PUCRS. Além disso, pode gerar uma série de complicações cardiovasculares e ortopédicas. Dessa forma, a problemática acaba gerando um aumento nos gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) , e uma diminuição na taxa de pessoas saudáveis, desse modo, comprometendo a qualidade de vida dos mesmos. Destarte, verifica-se a necessidade de ações do Governo para atenuar essa questão de saúde pública. Portanto, é imprescindível que o MS crie Políticas Públicas, com intuito de trabalhar na prevenção da obesidade,como programas de reeducação alimentar, formulados por Nutricionistas e Endocrinologistas, e ciclos de atividades físicas diários, proposto por profissionais do esporte. Isso deverá ser disponibilizado para toda a comunidade, objetivando reduzir, futuras, despesas no SUS. Ademais, cabe ao Estado, em conjunto com a mídia, a conscientização da sociedade acerca dos risco de um má alimentação e da falta de exercícios físicos, com a criação de cartazes informativos, distribuídos nas escolas e em postos públicos, e campanhas televisivas, em horário que atinja um grande público, alertando-o sobre as mazelas de um consumo alimentício desregrado e, desse modo, incentivando o consumo saudável. Posto isto, contribuirá para a construção de um país mais sadio.