Enviada em: 10/09/2017

Desde as chamadas "revoluções industriais" e a consolidação do capitalismo o hábito do consumo está cada vez mais presente na vida dos indivíduos. Porém, no Brasil, principalmente o público jovem, está cada vez mais dependente desse processo. Com isso, surge à problemática do consumo exacerbado, que persiste intrinsecamente ligado à realidade do país, seja pela forte influência da mídia, seja pelo prazer e necessidade de seguir as tendências contemporâneas.   Mormente, as propagandas apelativas criadas pela mídia acabam provocando uma prática desnecessária de consumo do expectador. Segundo Adorno, sociólogo que estudou a indústria cultural, a mídia cria certos estereótipos que tiram a liberdade de pensamento do expectador. Sob tal ótica, é indubitável o grande poder de persuasão exercido pelos meios de comunicação, que acabam se aproveitando - principalmente do público jovem - que ainda não está preparado para tal situação.    Além disso, é cabível enfatizar que o desejo de seguir as novas tendências, aliado ao prazer por compras, estão entre as principais causas da problemática. Segundo um estudo do SPC e da CNDL, cerca de 3 em cada 10 consumidores no Brasil consideram as compras como o tipo de lazer favorito. Dessa forma, é indubitável que o estresse do cotidiano, em consonância com a chegada de novos produtos, acaba provocando uma busca desenfreada pelo consumo, na tentativa de relaxar  e necessidade de está dentro das tendências do mundo moderno.   Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Sendo assim, cabe ao governo federal fiscalizar os meios de comunicação, no intuito de excluir propagandas enganosas e que não sigam as regras estabelecidas por lei. Ainda cabe a escola intervir por meio de palestras e material em sala de aula, alertando os perigos e consequências do consumo exacerbado. Ademais, a sociedade pode divulgar, em redes sociais, novos meios de prazer e atenuação dos problemas diários, como práticas esportivas e cursos profissionalizantes.