Enviada em: 10/09/2017

A relação da sociedade com o consumo foi modificada durante séculos. Hoje, o ser humano não compra só para garantir sua subsistência, mas também para determinar o seu papel no ciclo social em que vive. Portanto, é necessário que o homem possua a consciência do ambiente consumista no qual vive.                                 Engana-se quem acredita que as classes A e B são as mais consumistas. Segundo pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Logistas), as classes C, D e E são as que mais compram sem necessidade. De forma a justificar que a falta de conhecimento e consciência sobre o assunto podem provocar incoerências como essa e, além disso, garantir o aumento do abismo social.                                  De fato, as relações de consumo mudaram e o homem tentou se adaptar, mas como mostra a pesquisa acima, os mecanismos de incentivo às compras avançaram de maneira mais rápida do que a percepção do homem sobre seus hábitos consumistas. As propagandas, por exemplo, estão em todos os lugares e mostram o que adultos, adolescentes ou crianças precisam comprar para serem felizes.                                São várias as alterações que a Era Moderna trouxe. Hoje, não consumimos somente para suprir as nossas necessidades, mas também para sentir-se aceito socialmente no ambiente que frequentamos ou para aliviar o estresse da vida. Ademais, vivemos em uma época em que tudo é quase descartável, de aparelhos eletrônicos à moda, todos os anos há lançamentos que nos fazem comprar novamente e esquecermos dos ainda bons produtos que possuímos.                               Logo, embora parte da população ainda não tenha percebido, a sociedade brasileira é consumista. Além disso, é sabido que a falta de conhecimento da população sobre as relações de consumo podem aprofundar ainda mais a já alta desigualdade social no país. Por isso, o Ministério da Educação e do Desenvolvimento Social precisam criar um projeto de lei a ser envido ao Congresso Nacional, que obrigue a inserção de educação financeira na grade curricular do ensino fundamental e do EJA ( Educação de Jovens e Adultos). Dessa maneira, mesmo os adultos que já tenham concluido seus estudos poderão ser influenciados por seus filhos.