Enviada em: 18/09/2017

Na década de 1930, nasceu nos Estados Unidos o Keynesianismo, sistema político e econômico que levou a ascensão o "american way of life" ( modo de vida americano). Dessa forma, para que este modelo alcançasse o sucesso buscou-se doutrinar a população mundial com uma ideologia baseada no consumo. Assim, influenciada por esse pensamento americano, a população brasileira criou um forte hábito consumista que, pelo deficiente conhecimento financeiro de nossa sociedade, tem por consequência acentuados problemas econômicos. Além disso, também há a questão do consumismo infantil exacerbado, trazendo preocupantes prejuízos para o meio social.        É importante pontuar, de início, que a sociedade , em sua maioria, está doutrinada pelo objetivo econômico capitalista. Proporcionando, então, uma constante busca por ideais de beleza e de padrões sociais, pela população brasileira em questão, pregado por esse pensamento. Entretanto, como grande parcela dos brasileiros não possuem planos econômicos definidos acabam consumindo sem precedentes, não analisando suas consequências. Outrossim, é o fato do uso da mídia para disseminar os ideais pregados pelo capitalismo, o que influencia cada vez mais a prática do consumo, tornando a ação de consumir uma forma de felicidade, para muitos. Dessa maneira, o número de pessoas inadimplentes no Brasil cresce exponencialmente, prejudicando fortemente a economia nacional e,  assim, mostrando a problemática dos hábitos de consumo dos brasileiros.       É fundamental pontuar, ainda, a questão do consumo exacerbado na infância, pois, mesmo que embora a questão do consumismo infantil seja tratada quase sempre como algo relacionado à esfera familiar, crianças que aprendem a consumir de forma inconsequente desenvolvem critérios e valores distorcidos, tratando-se de fato um problema de ordem ética, econômica e social. Contudo, como citou o sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, a sociedade atual está desregulamentada, pois o pensamento capitalista é quem dita as regras. Dessarte, nota-se que, por estarmos formando cidadãos cada vez mais influenciados por essa lógica, a ordem social está gradativamente caminhando para a decadência.       Fica evidente, portanto, o quanto essa doutrina capital é prejudicial e que precisa ser bastante discutida. Primeiramente, é necessário que a Secretaria de Educação realize campanhas em escolas e universidades, alem de as disseminarem por intermédio da mídia, que levem um maior conhecimento e econômico à população em geral, influenciando o desenvolvimento de um planejamento financeiro familiar. Ademais, é imprescindível que o Poder Legislativo crie uma legislação eficaz contra a publicidade infantil. Sendo, ainda, a participação dos pais e da escola essencial para a formação do senso crítico da criança, mostrando a esta, desde já, a importância de uma educação financeira.