Enviada em: 18/09/2017

Na contemporaneidade, tem-se discutido acerca dos hábitos de consumo no Brasil. Dessa forma, percebe-se que com o advento da Revolução Industrial houve a modernização dos processos de produção e a potencialização das vendas. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a sociedade do consumo e o endividamento a partir da compra inconsciente.   Em primeira análise, cabe pontuar que Zygmunt Bauman, importante sociólogo, ao pronunciar a frase "Consumo, logo existo", demonstrou que, na sociedade pós moderna, a condição indispensável à vida é o consumo. Por conseguinte, devido ao avanço do sistema capitalista é possível notar a disseminação de propagandas, com alto teor persuasivo, de incentivo à aquisição de bens, como forma de assegurar sentimentos de felicidade e prazer, propiciando assim a compra exagerada   Além disso, convém frisar que, segundo dados da Serasa, mais de 60 milhões de consumidores encontram-se inadimplentes, em virtude da falta de planejamento financeiro. Como resultado de um comportamento, em maioria, estimulado pelo impulso e ansiedade, cidadãos são privados dos créditos oferecidos por lojistas e, consequentemente vem à tona sentimentos de impotência e vergonha.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É imprescindível que o Ministério da Justiça formule uma lei que visa limitar os conteúdos abordados em propagandas de incentivo ao consumo, em todos os meios de comunicação, no intuito de reduzir o número de pessoas endividadas a partir da persuasão publicitária. Também, como disse o filósofo Immanuel Kant, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele", é essencial que o Ministério da Educação torne obrigatório o ensino da educação financeira, para crianças e jovens, com o propósito de ensiná-los a importância do planejamento financeiro e, dessa maneira induzir o consumo consciente nas próximas gerações.