Enviada em: 23/09/2017

A partir das revoluções industriais, a humanidade começou a produzir em larga escala e consumir tanto artifícios necessários, como artigos dispensáveis para a sobrevivência, caracterizando o consumismo. Já na idade contemporânea, a raça humana se encontra, em maior parte, identificada com o consumismo exacerbado, problema que causa o endividamento da população com menor poder aquisitivo e a alienação da sociedade. No Brasil, o problema é causado não só pela falta de educação financeira por parte da população, como também por conta de uma construção pela mídia e pelo mercado de propagandas de um ideal consumista.       Como já foi dito, o ato de consumir inconscientemente costuma causar problemas especialmente para as classes com menor poder aquisitivo, e, na verdade, são essas classes também as que mais consomem desnecessariamente. Fica claro, no entanto, que comprar é uma atividade muito valorizada no Brasil, e isso é afirmado por uma pesquisa com participação do Serviço de Proteção ao Crédito, que diz que trinta porcento dos consumidores brasileiros veem nas compras seu lazer preferido. Todavia, a falta de consciência como esse consumo é exercido por muitos, gera o endividamento de uma parcela significante da população, que fica sem poder aquisitivo por conta da negativação de crédito, que torna-se vulnerável por conta disso.       Nesse sentido, o impulso de comprar ainda é mais forte do que o medo de endividar-se por parte da sociedade brasileira. Isso fica claro quando observa-se o conteúdo midiático, ao qual muitas pessoas são expostas, pelo qual é criada e sustentada uma cultura consumista e superficial. Um ambiente onde só tem valores sociais aqueles que usam determinadas marcas, estilos e materiais que, geralmente, são distantes da realidade econômica da maioria da população. Essa, então, é tomada por uma necessidade de atender a esse ideal consumista com a finalidade de incluir-se na sociedade. Tal dinâmica alienista desestimula a busca e afeição pelos verdadeiros valores humanos.    Para que essa problemática seja solucionada, é necessário que o Ministério da Economia incentive o combate ao consumismo desenfreado por meio da criação de campanhas para educar a população, já que é prejudicial para o próprio mercado ter devedores. Além disso, mais importante ainda, é extremamente difícil para uma família brasileira comum lidar com dívidas. As emissoras de rádio e televisão, portanto, também podem trabalhar o tema "educação financeira" com mais frequência, tornando o assunto mais conhecido pela sociedade em geral e permitindo assim uma discussão popular acerca do assunto, valorizando a máxima do filósofo Kant, que dizia que um povo não é mais rico pelo que tem, e sim pelo que não precisa ter.