Enviada em: 27/09/2017

Quando discutimos os hábitos de consumo no Brasil logo pensamos no que motiva as pessoas a comprarem, e percebemos que em primeiro lugar não é obrigatoriamente a necessidade, mas sim o desejo da compra, o simples prazer de comprar. Porém por qual razão sente-se esse prazer? E o que fazer para se controlar? Muitas vezes o motivo pode ser as crianças, que por meio de chantagem ou uma alta influência que tem sobre seus responsáveis, acabam conseguindo  o que querem, e os pais ao verem a felicidade da criança sente-se satisfeito, desse modo negligenciando o fato de que gastou sem uma real necessidade, apenas para o deleite da criança. Um dos grandes influenciadores do consumismo são as promoções, que por vezes nem são tão vantajosas, porém ao ver as placas e anúncios de promoções absurdas o consumidor se vê na obrigação de aproveitá-la, mesmo que aqueles materiais não lhe sejam de extrema necessidade no momento, dessa forma, acreditando que aproveitou a oportunidade de obter certas coisas por um preço menor, sendo que não ter comprado poderia ter sido mais rentável. Outro fato recorrente é a compra desenfreada e sem controle, onde a pessoa compra sem pensar nas consequências, ou quando pensa, as ignora, visando apenas o seu bem estar ao ter um bem material novo, que pode ser usado para aumentar seu status social ou as condições de vida, afirmando o que foi dito por Karl Marx, no chamado fetichismo da mercadoria, onde os objetos não são mais apenas objetos, mas sim motivo de adoração e satisfação. Infelizmente, muitas vezes, isso é detectado em grau superior nas classes mais carentes, gerando, assim, altas dívidas e complicações financeiras. Como é tratado em diversos estudos, alguns hábitos são passados de geração em geração, e esse não é diferente, porém é necessário fazer uma análise pessoal do quanto se está consumindo, e se é realmente necessário adquirir determinados objetos, observando as consequências, sendo a principal as dívidas. Fazer uma balança entre o quanto se recebe e o quanto se gasta, buscando o equilíbrio é fundamental para um consumo saudável, logo, o autocontrole é essencial , da mesma forma que o bom senso ao selecionar o que é imprescindível comprar e o que não é.