Enviada em: 05/10/2017

No filme "Os delírios de consumo de Becky Bloom", o erudito autor da obra cinematográfica provoca um sério debate sobre o hábito de consumo excessivo, quando o intento é o de visualização - por meio da personagem consumista exagerada - no que a maior parte da sociedade se transformou. Nesse enfoque, tal conflito é fruto de uma sociedade influenciada por uma mídia a qual induz o consumidor a sentir-se melhor com tais produtos e de uma obsolência programada, na qual o fabricante produz tal produto com uma durabilidade mínima, induzindo na sociedade a constante troca dessas mercadorias - celulares, computadores -, e constitui, por conseguinte, uma afronta a qualidade de vida desse grupo social consumista.  A princípio, cabe destacar a influência da mídia, sobretudo, nas empresas de fast food. Essas, tem por objetivo - por meio de anúncios repetitivos - induzir o consumidor - de qualquer faixa etária - a experienciar tais produtos, fazendo com que os mesmos consumam estes alimentos em altas quantidades. Com isso, a ingestão desses alimentos ricos em lipídios, acarreta, por meio de um consumo exagerado, doenças como a obesidade, por exemplo, diminuindo, assim, a qualidade de vida destes. Assim, tal flagelo constitui uma grave afronta ao bem estar desse segmento social.  Ainda é crucial enfatizar a obsolência programada, presente no dia-a-dia do consumidor. Conforme o cliente adere o produto, o mesmo já possui uma durabilidade programada, fazendo com que este mesmo consumidor retorne para adquirir uma mercadoria mais atualizada e com melhores recursos a serem utilizados. Com essa obsolência, as chances das empresas falirem são mínimas, pois o consumidor fará trocas constantes em pouco tempo devido a pequena duração desses produtos. Essa conjuntura fere os direitos fundamentais desse segmento social, por consequência de empresas que visam mais o lucro do que a qualidade financeira do consumidor, no qual, em maior parte, não possui condições financeiras para aderir estes, mas é obrigado a utilizá-los devido suas necessidades. Concernente a essa problemática, urge, portanto, uma sólida participação do Ministério de Desenvolvimento, no aprimoramento das fiscalizações nas fábricas produtoras de mercadorias utilizadas com alta frequência pelo consumidor - computadores, celulares -, haja vista minimizar a baixa durabilidade de produtos necessários para o cotidiano da sociedade. Ademais, compete ao Ministério da Saúde potencializar a importância da ingestão mínima dos fast foods, por intermédio de palestras socioeducativas sobre alimentos gordurosos, com o intento de maximizar a qualidade de vida desses consumidores.