Enviada em: 12/10/2017

Desde o fim da Guerra Fria, em 1985, e a consolidação do modelo econômico capitalista, cresce no mundo o consumismo desenfreado. Entretanto, as consequências dessa modernidade atingem os brasileiros de maneira direta e indireta: através da dependência por compras e a ilusão de que a felicidade é alcançada a partir de bens materiais. Haja vista que grande parte do consumo são sem necessidades prévias, apenas por questões de interesse e também, esse consumo trazerem valorizações no clico social. Nesse sentido, convém discutir as principais causas e consequência desse fenômeno.             É importante pontuar, que a mecanização da produção, o estimulo tornou-se um fator primordial para a manutenção do sistema capitalista. De acordo com Karl Marx, filósofo alemão do século XIX, para que esse incentivo ocorresse, criou-se o fetiche sobre a mercadoria: constrói-se a ilusão de que a felicidade seria alcançada a partir da compra do produto. Em outros termos, um automóvel de luxo são uns dos fatores que conferem uma maior valorização e visibilidade na coletividade do indivíduo. Assim, principalmente os jovens, tornaram-se um grande foco das empresas por possuírem um elevado grau de esclarecimento e por serem facilmente persuadidas a realizarem determinadas ações e comportamentos que conduzem ao consumismo.         Para atingir esse objetivo, as empresas utilizam da linguagem de fácil compreensão e com personagens de desenhos animados e de vários outros meios para atrair o público jovem. O Conselho Nacional de Direitos de Criança e do Adolescente aprovou uma resolução que considera esse tipo de publicidade abusiva, porém não há um direcionamento concreto sobre como isso vai ocorrer. Consequentemente, cartões de créditos são esgotados diariamente, segundo dados do Banco Central, o endividamento das famílias chegou a 46,3% em abril, em 2005. Fica evidente, assim, essas ações de compra desfreadas são potencializadas a partir de influências terceirizadas e por compulsão da valorização.              Em síntese, a fim de solucionar esse impasse, é preciso que o Governo Federal estabeleça um limite para os comerciais voltados ao público infanto-juvenil por meio horários de transmissão e faixas etárias, com o intuito de conscientizar a população das devidas consequências que se pode obter no futuro, como o endividamento por exemplo. E enfatizando a teoria kantiana, efetivar as ações de mídias, escolas e família buscarem educar para consumirem apenas o que é necessário naquele momento e mostrar, assim, que bens matérias, apesar de ser importante, não deve ser o objetivo final, na busca da felicidade e condecoração social, apenas assim o consumo se tornará consciente.