Enviada em: 09/04/2018

Desde de 1920 o célebre slogan-"American way of live"- o estilo de vida americano, foi um marco para o surgimento da cultura do consumismo. Nesse cenário, os hábitos de consumo exacerbado influenciou o Ocidente, e além disso possibilitou o crescimento do sistema capitalista econômico. Logo, hodiernamente , o Brasil reflete o alarmante expansão das práticas consumistas, que  é  imprescindível para a sociedade do espetáculo demonstrar que o "ter é mais importante que o "ser". Em razão disso, o consumo inconsciente torna-se um problema, pois a aquisição de determinados produtos não tem uma finalidade útil e sim supérflua.   Sobretudo, devido ao  mundo da "aparência" e não da "essência" o consumismo indiscriminado vem aumentando significativamente , conforme dados do CNDL ( Confederação Nacional de Dirigentes Logistas)-"apenas 28% dos consumidores brasileiros consomem de forma consciente". Nesse sentido, essa estatística é preocupante, visto que indica que a grande parcela dos brasileiros consomem de forma impulsiva e não de modo responsável. Diante desse contexto, o geógrafo Milton Santos já dizia- "O consumidor não é o cidadão. O consumidor alimenta-se de parcialidades, contenta-se com repostas setoriais e alcança satisfações limitadas". Portanto, percebe-se que quando a construção do cidadão não foi solidificada, a questão do consumo torna-se uma estratégia de representatividade .  Ademais, é importante lembrar, que a sociedade de consumo é influenciada pelo poder de manipulação de propagandas que associam determinado produto com a realização de um prazer. Por exemplo, o slogan do refrigerante Coca-Cola- "Abra a felicidade"- evidência-se uma estratégia de marketing para aderir consumidores. Por conseguinte, a marca faz uma analogia: que a aquisição do produto poderá resultar em uma "alegria". Dessa maneira, os hábitos de consumo é prejudicial, pois revelam o poder coercitivo da sociedade sobre o indivíduo, assim como previa o sociólogo francês Émile Durkheim em sua teoria sobre fatos sociais.       Torna-se evidente, portanto, que a questão dos hábitos consumistas é um empecilho na medida que ultrapassa a linha tênue do consumo consciente para o supérfluo. Em razão disso, o Estado em parceria com a CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) devem regulamentar os tipo de marketing dos produtos ou propagandas, visando desassociar compras do prazer. Nesse sentido, os consumidores poderão ter a real consciência do produto adquirido , podendo agir de maneira racional e não para maquiar uma realidade social. Além disso, o Ministério da Educação em parceria com as escolas devem incluir a matéria de educação financeira, desde dos ensinos infantil, fundamental e médio para formar cidadãos racionais e que consome com fins ulteis.