Enviada em: 08/04/2018

Historiadores e economistas relatam que algumas décadas anteriores à crise de 1929 foram as melhores para a economia estadunidense. O famoso estilo de vida americano difundiu-se por todo o mundo, caracterizando o início de uma sociedade global, sobretudo, consumista. Já no Brasil do século XXI a situação não foi diferente. Seja pela influência midiática, seja pela relevância no status social, o consumo desnecessário ganha dimensões preocupantes haja vista suas graves consequências ambientais.       No século XX, segundo filósofos da Escola de Frankfurt, a mídia e seu potencial de influência em massa foram grandes ferramentas usadas por governos autoritários para enaltecer o regime, como o nazismo, por exemplo. Nessa conjuntura, em um sistema global, majoritariamente capitalista, a mídia passa a exercer sua função manipuladora para convencer a população a comprar cada vez mais, além de reforçar a perspectiva do ditado popular que diz: “o homem vale aquilo que tem” relacionado à valorização no meio social, perpetuando, consequentemente, os hábitos consumistas.       Visto os fatores supracitados, é imperioso sobrelevar as consequências do novo “fato social” em questão. Nesse viés, é válido ressaltar que toda mercadoria, necessariamente, advém de uma matéria-prima extraída do meio ambiente. Ademais, essa, por sua vez, dará origem a uma quantidade de lixo que voltará como produto nocivo ao planeta Terra. Logo, fica evidente uma relação de proporcionalidade entre o consumo e a degradação ambiental, sendo necessária a adoção de medidas de reciclagem, reutilização e redução.       Torna-se evidente, portanto, que é imprescindível uma sinergia entre o Estado e a população para resolver o impasse em pauta. Em primeiro plano, cabe ao Ministério da Educação estimular o pensamento crítico na sociedade por meio de palestras nas escolas e propagandas em telejornais, evitando a entrada da população no mundo consumista sem um senso consciente pré-formado. Outrossim, o Governo Federal em parceria com as prefeituras deve incentivar a comunidade a separar o lixo e entregá-lo em centrais de reciclagem por meio de um benefício em porcentagem de desconto nos impostos como IPTU. Só assim, o país tornar-se-á mais equilibrado no que tange à relação entre o homem e meio ambiente.