Enviada em: 09/04/2018

Consumismo líquido               Desde a expansão do pensamento capitalista, efeito da Revolução Industrial, o comércio mundial tem crescido exponencialmente. Dessa forma, o consumismo inescrupuloso observado na população brasileira é resultado resultado da rápida mudança de paradigmas do mercado atual. Logo, a necessidade do sistema capital e a ideia de se encaixar por intermédio da posse contribuem para esse novo "ismo" social.           É fato que a sociedade é fruto da evolução, assim como seu mercado. Hodiernamente, o comércio e as indústrias criam e extinguem tendências, e para acompanhar a volatilidade dos modismos é necessário comprar desenfreadamente. Ante a isso, as grandes promoções, como é o caso da "Black Friday" ou outras datas comemorativas, foram criadas com o intuito de serem exploradas comercialmente e tornar a população passiva e enganada por suas "promoções" imperdíveis.               Outrossim, possuir, desde a ascensão burguesa, tornou-se parâmetro de classe social. Atualmente, ter um celular de última geração, usar marcas famosas ou dirigir um carro do ano é sinal de riqueza, mesmo que para isso a pessoa tenha seu nome negativado. Segundo o SPC - Serviço de Proteção ao Crédito -, o número de inadimplentes, até o final de 2017, cresceu consideravelmente. Isso ocorro devido a uma cultura que se enraizou ao ponto de tirar à liberdade do brasileiro. Percebe-se, assim, que hoje é válido viver apenas por aparência.              Portanto, em uma sociedade líquida - passiva a rápidas mudanças - como apelidou o filósofo Zygmunt Bauman, o consumo também torna-se frenético. Sendo assim, é preciso que as escolas ensinem às crianças e aos adolescentes a importância do consumo consciente, por meio de peças, cartilhas e palestras com economistas e administradores, visando formar um pensamento consciente perante às necessidades sociais impostas pela indústria capitalista e evitar que esses venham a enfrentar problemas futuros.