Enviada em: 05/04/2018

Desde os séculos passados a sociedade gira em torno do consumismo. Em 1500, os poderosos eram diferenciados por comprarem especiarias, tecidos e utensílios das grandes expedições marítimas. Na contemporaneidade, o consumismo abrange todos os âmbitos da sociedade, porém na maioria das vezes é inconsciente. Sendo assim, é necessário analisar a problemática em questão.     Primeiramente, destaca-se a parceria entre as indústrias e a mídia como responsável pela problemática. De acordo com Adorno e Horkheimer o sistema capitalista, através da indústria cultural, implanta a necessidade de consumo nas pessoas. A partir disso, nota-se que as empresas estabelecem diversas formas de pagamentos, como promoções e juros baixos, e a mídia, com seu papel persuasivo, cria propagandas fantasiosas que relatam a facilidade de adquirir os produtos. Em decorrência disso as pessoas compram, muitas vezes, por prazer e sem necessidade.     Outrossim, vale salientar como o consumismo inconsciente está intimamente ligado ao status social das pessoas. Segundo Zygmunt Bauman, em sua teoria da modernidade líquida, as coisas tendem a se tornarem fluidas. Dessa forma, a população visa o prestígio social por meio de carros do ano, smartphones de última geração, roupas da moda, dentre outros. Em consequência, são consumidoras desenfreadas que buscam incontrolavelmente ascensão social através de bens materiais.    Em síntese, algumas revisões são necessárias. Em razão disso, o Legislativo deve criar uma lei que proíba a mídia a fazer propagandas persuasivas que levem o consumidor a comprar por impulso e, ainda, essa lei deve ter uma multa significativa para seu não cumprimento, com o intuito de amenizar o problema. Ademais, o Ministério da Educação deve ministrar palestras nas escolas, através de profissionais da economia, a fim de ensinar educação financeira aos futuros consumidores.