Enviada em: 04/04/2018

“Consumo, logo existo.” A declaração do sociólogo Zygmunt Bauman nos permite refletir sobre como os hábitos de consumo representam um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada pela sociedade brasileira. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas dessa problemática.      É importante pontuar, de início, que essa situação tem raízes históricas. De certo, com a Revolução Industrial do século XVIII, a maneira de se comportar em sociedade mudou. Desse modo, as pessoas passaram a priorizar os desejos individuais, buscando se preencher e se encontrar adquirindo produtos diversos. Por conseguinte, a sociedade se tornou consumista, deixando de lado toda a sua racionalidade na busca pela obtenção de bens materiais.     Outrossim, destaca-se a necessidade de se encaixar em certos grupos sociais como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Segundo essa linha de pensamento, observa-se que o consumo exacerbado é uma maneira de se encaixar nos padrões impostos em nosso meio social. Sendo assim, o indivíduo se esconde atrás de um personagem para conquistar lugares restritos a certas pessoas em nosso dia a dia.     Destarte, o consumo desenfreado é um agravante ao convívio da sociedade e, como tal, deve ser sanado. Assim, é imprescindível a atuação do Governo em parceria com canais de disseminação de informação na criação de programas voltados para o esclarecimento da questão, promovendo debates e palestras para que os cidadãos possam tomar conhecimento da gravidade que essa questão levanta. Além disso, é necessário que o Ministério da Educação institua nas escolas disciplinas e palestras voltadas para o tema, ministradas por psicólogos que discutam a necessidade de intervenção a esse fato, a fim de que o tecido social de desprenda de certos tabus relacionados ao consumismo e adote medidas mais conscientes e preservadas em relação à temática.