Enviada em: 04/04/2018

O consumo é algo inato ao ser humano. No entanto, foi após a primeira revolução industrial que o hábito de consumir passou de necessidade para um ato compulsório. Lamentavelmente, o consumismo  está diretamente ligado à ideia de felicidade, uma vez que comprar traz visibilidade social no Brasil. Assim, essa compra de forma desenfreada resulta em graves consequências sociais e ambientais.   Historicamente, o ter está associado com poder social. A visibilidade é conquistada a partir de bens que uma pessoa possui e isso traz a falsa ideia de felicidade. Assim, o consumo desenfreado se tornou o escapismo da maioria da população que procura no comprar a sua existência dentro da sociedade. Nesse sentido, aparece a mídia como a maior propagadora do consumismo.  Esta faz a população querer cada vez mais obter bens para conquistar um determinado padrão. E, segundo o filósofo Schopenhauer, a vontade não cessa, pois quando um desejo é saciado, aparecem diversos outros, tornando as pessoas escravas do querer.    Em consequência disso, aparecem diversos fatores sociais e ambientais. O hábito do consumo intensifica o processo de desigualdade social, pois, assim como as classes mais altas, as baixas sentem a necessidade de comprar, e por obter menor renda, passam a gastar mais do que recebem. Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito, as classes C e D são as que mais gastam sem necessidade, motivadas por promoções. E, no setor ambiental, o consumismo gera altas taxas de lixo que como crescem desenfreadamente não dão espaço para um planejamento do destino deste.     Diante do exposto, é notório que o Ministério da Educação deve trabalhar a criticidade das pessoas em relação ao consumismo, pois assim desvinculam a ideia de comprar e ser feliz. Por meio de projetos sociais em colégios e instituições populares, essa medida deve ser feita com o propósito de diminuir o número de consumistas compulsórios melhorando assim a questão da desigualdade social e do lixo no país.