Enviada em: 09/04/2018

Historiadores e economistas relatam que algumas décadas anteriores à crise de 1929 foram as melhores para a economia estadunidense. O famoso “American Way of Life” (estilo de vida americano – em português) difundiu-se por todo o mundo, caracterizando o início de uma sociedade global, sobretudo, consumista. Já no Brasil do século XXI a situação não foi diferente. Nesse sentido, tanto a influência da mídia quanto o desejo de pertencimento fazem com que hábitos de consumo sejam alterados.     Primordialmente, o bombardeamento constante de propagandas pelos meios midiáticos faz com que o indivíduo seja induzido a consumir de maneira pouco consciente. Visto que, segundo Adorno e Horkheimer, a mídia possuí um poder de influência nas massas, criando lógica de mercado e necessidades, muitas vezes, supérfluas nas pessoas. Dessa forma, os apelos fortemente difundidos criam hábitos consumistas na população, que acabam, consequentemente, trazendo impactos tanto no campo financeiro quanto no psicológico dos cidadãos.   Além disso, alguns valores típicos da sociedade atual tornam-se contribuintes na prática do consumo. Tendo em vista que, o poder aquisitivo de um indivíduo é o que corresponde ao seu valor social, evidenciando essa perspectiva no ditado popular que diz: “o homem vale aquilo que tem”. Por conseguinte, há um estimulo para se alcançar esse desejo de pertencimento, que vão desde propagandas extremamente imperativas até facilitação de crédito. Afinal, é importante no mundo atual partir do pressuposto que para existir em um grupo precisa obrigatoriamente comprar.  Com efeito, é imprescindível uma sinergia entre o Estado e a população para resolver o impasse em pauta.     Em primeiro plano, cabe ao Ministério da Educação estimular o pensamento crítico na sociedade por meio de palestras nas escolas e propagandas em telejornais, evitando a entrada da população no mundo consumista sem um senso consciente pré-formado.