Enviada em: 08/04/2018

Consumo que consome     A Revolução Industrial impulsiona uma nova forma de consumo no mundo. A produção em pequena escala e de consumo próprio é substituída pela indústria e pela expansão dos mercados consumidores. Já com o surgimento do Capitalismo, o Fordismo e sua produção em larga escala entram no Brasil disseminando o “American Way of Life”. Nesse contexto, os valores sociais do país invertem-se e passam a ser determinados pelo consumo. É interessante observar, a priori, que o mundo globalizado conectado à internet fomenta o consumismo. À medida em que as redes sociais expõem a vida particular, projetar uma imagem torna-se mais importante do que sê-la e, assim, os bens passam a ser indicadores de status social e personalidade. Além disso, para muitos, a comparação com a vida alheia determina o grau de felicidade, o que impulsiona o consumo desenfreado e, consequentemente, a insatisfação pessoal. Vale ressaltar, também, que a mídia tem papel decisivo na disseminação do consumo. Isso se dá pois esta impõe o Fato Social, forma de pensar e agir da sociedade de Durkheim, quando determina os hábitos culturais através de marketing de produtos para serem consumidos. Assim, o cidadão é influenciado sobre que bens precisa ter e, muitas vezes, endivida-se para tal. Fato que o torna escravo de um mercado que tem como principal interesse o lucro empresarial. É indubitável, portanto, que o consumismo esgota os valores do coletivo e prejudica o indivíduo. Para reverter seus danos, é necessário que o Ministério das Comunicações em parceria com empresas privadas veicule campanhas midiáticas na televisão aberta, principalmente em horário nobre, que visem orientar a população sobre seus hábito de consumo, com a valorização de uma forma consciente para o mesmo e que ensine rápida e eficazmente o básico sobre economia familiar para que a população reduza o consumo impulsivo e as crescentes dívidas. A conscientização torna possível alterar o Fato Social atual.