A queda do feudalismo durante a baixa idade média propiciou o surgimento do consumismo juntamente com o capitalismo. O consumo exacerbado tem trazido vários problemas ao meio ambiente e a população, portanto, essa problemática requer uma maior atenção tanto do Poder Público como da própria sociedade, que devem fazer com que a compra exagerada de produtos supérfluos e desnecessários deixa de ser um hábito tão comum, preservando, assim, a natureza e a identidade dos cidadãos. Com a consolidação da Revolução Industrial no século XVIII, houve o desenvolvimento de indústrias e consequentemente da produção. Tal fato acompanhado das estratégias de marketing, como a circulação de propagandas e comerciais, tem influenciado cada vez mais o ato do consumo, que, infelizmente, muitas vezes se dá de modo inconsciente. Isso se deve ao fato da publicidade ter incentivado e influenciados cidadãos a fazerem compras de produtos mesmo que não haja a necessidade de uso, uma vez que dissemina a ideia de que "ter é poder". Logo, tem-se tornado comum pagar por algo que não irá ter utilidade alguma para o consumidor, meramente por busca de status e poder. Carlos Drummond de Andrade, poeta da segunda geração do modernismo, em sua obra nomeada por "Eu, Etiqueta", mostra que o homem se tornou escravo da matéria anunciada , que o mesmo tem negado sua própria identidade apenas por buscar " estar na moda", ou seja, evidencia que aquilo que o indivíduo tem e compra passou a ser mais importante do que o ser e o valor do homem em si. Não obstante, o consumo desenfreado tem trazido vários males ao meio ambiente . Tal fato é notório, uma vez que tem-se tornado comum o desmatamento de florestas com o propósito de obter matéria prima para a confecção de móveis por exemplo, além da prática da caça de animais com o intuito de fabricar bolsas e acessórios. Portanto, o consumismo representa uma ameaça aos recursos naturais, o que é muito preocupante, uma vez que pode culminar na extinção da fauna e flora brasileira, pondo a biodiversidade dos ecossistemas aquáticos e terrestres em risco. Desse modo, surgiu a ECO 92 com o propósito de dar início a discussão sobre o impacto da ação humana sobre o meio ambiente , no entanto, as agressões à natureza ainda persiste até os dias atuais. E, como diz o ativista ambiental Paul Watson, destruir o meio ambiente para encontrar no consumismo a felicidade é uma atitude irracional.