Enviada em: 06/04/2018

Schopenhauer, o qual pregava o consumo mínimo, afirmava que o homem é dirigido pelas suas vontades. O que orienta a isso, todavia, segundo Epicuro, é a busca incessante pelo prazer. Nessa ótica, é possivel afirmar que se vive, hodiernamente, a sociedade de consumo no Brasil, pois se observa, na maioria dos indivíduos consumista, essa corrida desefreada pela satisfação efêmera do ter. Isso se dá pelo contexto histórico-social, bem como pela fragilidade psico-emocional das populações.        Nesse contexto, observa-se que o neoliberalismo, de Ronald Reagan, nos Estados Unidos, motivou o que ficou conhecido como “American way of life”. Isso, portanto, incentivou o Brasil e o mundo a consumir, pois se pregava que esse era o meio para o desenvolvimento, bem como para a felicidade da nação. Infelizmente, esse caminho para a realização passou do equilibrio, – este, que segundo Aristóteles, é a causa de todos os males – o que condicionou a população a consumir de modo tão exarcebado que notamos hoje uma sociedade fragilizada.        Nesse prisma, embora Adorno afirme que é a Industria Cultural quem fomenta o consumo, ela só tem esse poder porque, segundo a psiquiatra carioca Ana Beatriz, há uma sociedade psico-emocionalmente adoecida. Isto é, a médica afirma em seu livro “Mentes Consumistas” que as pessoas fazem compra como forma de terapia (Aliviar a pressão, o estresse, o sentimento de vazio existencial) o que é errado, pois é apenas paliativo. Não obstante, isso se dá, porque muitos indivíduos ainda não alcançaram a “maioria” da qual Kant se refere, ou seja, por não agirem de modo racional se entregam aos prazeres efêmeros.        Para sair dessa quadro de “caverna de platão”, portanto, é preciso que a sociedade se mobilize, frente o bombardeio que a mídia, controlada pelas grandes empressas, utiliza para nos induzir a consumir. Isso só será possivel mediante conscientização da população, a qual se dá, tão somente, por meio da educação. Sendo assim, é imprescinvível que a intervenção do governo na proposta de orientar os professores de sociologia a ensinarem os jovens a respeito do consumo. Ademais, é preciso que o SUS aumente o número de fichas para consultas com psicólogos, pois eles ajudam a população a lidar com problemas emocionais, de forma não paliativa, como o ato de fazer compras.