Enviada em: 28/08/2018

Na clássica série Dr. House, a equipe médica por muitas vezes cometem erros de diagnóstico e, por isso, causam danos à saúde dos pacientes até chegarem a uma identificação correta da doença. Apesar de ser uma ficção, a verossimilhança com a realidade existe e de fato ocorre na realidade. Atualmente, no Brasil, um médico realizou e causou a morte de uma bancária. Entretanto, diferentemente dos erros de diagnóstico comuns em hospitais, o brasileiro realizou um ato contrário à lei e à ética médica. Desse modo, há um limite claro entre as faltas médicas e ao crime premeditado.       Historicamente, há uma relação direta entre o avanço médico e os erros de diagnóstico. Nas origens da prática, o uso de ervas e misturas poderiam amenizar a dor dos pacientes, mas não poderiam afirmar o que causava a doença. Entretanto, com o avanço da ciência, o diagnóstico pode ser feito até mesmo pelo próprio paciente - por meio de uma busca na internet, apesar de não ser o recomendável -, o que cria a ilusão na sociedade que qualquer pessoa pode agir em qualquer área. Nesse sentido, até mesmos os médicos acreditam terem capacidade de atuar em especialidades que não possuem, o que causa diversos erros e problemas, alguns fatais.       Além disso, a prática da medicina proporciona aos médicos uma maior variedade de crimes, tais como o estupro e o assassinato. Devido a situação de sofrimento dos pacientes, há uma tendência em confiar nos médicos, entretanto, há situações em que o caráter e a moral do profissional da saúde é torpe. Casos como o de Roger Abdelmassih, médico que estuprou inúmeras mulheres, ocorrem com mais facilidade no meio hospitalar. Ainda nessa vertente surgem, também, casos de violência em situações de parto ou quando em período de cirurgia.       De maneira geral, os médicos possuem clara consciência de seus atos, já que faz parte de todos os currículos das faculdades de medicina. Conceitos básicos, como o de assumir a responsabilidade e o de não participar de ações que envolvam uma especialização, são totalmente esclarecidos e ensinados durante o curso de medicina. Dessa forma, caracteriza ato criminoso quando um médico quebra deliberadamente um artigo do Código de Ética Médica.        Portanto, os limites entre os erros médicos e a responsabilidade criminal são definidos e devem ser respeitados. Entretanto, para diminuir os casos atuais de crimes nesta área, são necessárias algumas ações do poder público. O Ministério da Educação, através de ordens diretas, devem mudar o currículo das universidades de medicina (sejam públicas ou privadas) e instituir um estudo mais aprofundado do Código de Ética Médica, para que os médicos tenham consciência de seus deveres. Além disso, nos hospitais deverão ter câmeras em salas de atendimento e cirurgia, evitando casos como o de Roger.