Enviada em: 07/10/2018

O avanço tecnológico impulsionado, sobretudo, à partir da segunda metade do século XX, influenciou, positivamente, a área da saúde. Entretanto, os incrementos high tech's não são capazes de substituir, ainda, a capacidade e o conhecimento humano. Dessa maneira, o médico se configura como um profissional de extrema importância na sociedade, sendo responsável, pelo zelo da saúde da população. Porém, os erros vinculados à tal classe vêm crescendo e atingem, atualmente, níveis alarmantes, o que evidencia, portanto, a necessidade de mudanças cirúrgicas no setor.                               De acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), cerca de 3 pessoas morrem a cada 5 minutos no Brasil devido falhas médicas. Contudo, esse dado é resultado de diversos fatores e não, exclusivamente, de condutas inadequadas. Sob esse viés, vale ressaltar o estado precário no qual se encontra os hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBS) brasileiras. Diante desse cenário, a falta de equipamentos e condições básicas de trabalho são causas que corroboram para o aumento de erros médicos, uma vez que com o sucateamento da saúde, os profissionais buscam improvisar no atendimento aos pacientes, o que gera o quadro em questão.                               Em consequência disso, o número de processos atrelados à infortúnios relativos à saúde, segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), cresceu, entre os anos de 2010 e 2015, cerca de 125%. Além disso, vale ressaltar que, a ausência de empatia e conhecimentos mínimos por parte de alguns clínicos são características que reiteram as estatísticas anteriormente citadas. Como exemplo, é possível destacar o caso da bancária, Lilian Calixto, que morreu após uma cirurgia plástica, devido erros cometidos por um cirurgião plástico.                                 Logo, é crucial que a federação, juntamente com as esferas estaduais e municipais, atuem, de forma enfática, na melhoria da área da saúde como um todo. No que tange à esfera federal, é imprescindível que haja a criação de políticas públicas que visem maiores investimentos no setor da saúde, principalmente, no Sistema Único de Saúde (SUS). Já no que tange às demais esferas, é válido a criação de cursos de aprimoramento, mediados pelo Conselho Regional de Medicina (CRQ), permitindo que os médicos se mantenham informados e atualizados acerca das novas tecnologias, para que possam trabalhar com mais qualidade e diminuindo, portanto, a taxa de erros.