Enviada em: 02/10/2018

"Hoje pode-se descobrir os erros de ontem e amanhã obter talvez nova luz sobre aquilo que se pensa ter certeza". Esta frase, atribuída ao médico judeu espanhol Maimônides, ilustra a preocupação em evitar o erro e aprender para não repeti-lo. Na medicina, a ocorrência de erros médicos, seja por imperícia ou negligência, tem aumentado substancialmente e causado grande preocupação por se tratar de um serviço necessário a todos.       Historicamente, erros médicos sempre aconteceram, desde o Império Romano - em que os médicos pagavam indenização quando a vítima era um escravo e eram condenados à morte quando falecia um cidadão -, até os dias atuais. E, por mais que a medicina tenha evoluído consideravelmente com o advento da tecnologia, a imperícia de alguns profissionais da saúde, ou seja, a falta de capacitação para executar determinada atividade, é uma das grandes causas para que erros médicos ocorram, como no caso do homem que teve seu testículo retirado após um diagnótico errado por parte dos médicos, em abril de 2018 na cidade de Belo Horizonte.       Somado a isso, a negligência médica é outro fator agravante para que ocorra algum erro, visto que muitos médicos não dedicam a devida atenção à alguns pacientes e acabam tomando decisões preicpitadas, a exemplo do caso ocorrido com o artista norte-americano Andy Warhol, que após uma cirurgia na vesícula biliar, foi submetido a doses excessivas de um soro e acabou tendo uma parada cardíaca. Mas casos como este não são raros no Brasil pois, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Feluma e pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), a cada hora seis pessoas morrem por erro médico.       Urge, portanto, que o Sistema Judiciário, por meio do Ministério Público puna o agente de saúde responsável, assim como hospitais ou clínicas empregadoras, por danos morais e estéticos, a vítima e sua família. Dessa maneira, hospitais, clínicas e médicos, se atentarão para evitar possíveis erros. Ademais, é necessário que o Ministério da Saúde, fornea meios para que os governos estaduais e municipais, inspecionem as instalações hospitalares e monitorem clínicas clandestinas, além de punir com a afastar profissionais da saúde que estejam exercendo alguma atividade que esteja qualificado e, por conseguinte, minimizar os erros médicos e trazer mais tranquilidade à população que tanto necessita de tais serviços.