Enviada em: 08/10/2018

O erro médico é um ato causado por um médico ou qualquer outro profissional da saúde que provoca dano ao paciente, e ele passa a ter caráter criminal quando é resultado de ações imprudentes ou negligentes, como não usar embasamentos em documentos científicos para gerar um diagnostico ou realizar um tratamento para o qual o profissional não está treinado.       Porém, ainda é um desafio para os órgãos de saúde identificar casos em que houve erro médico porque ele não está na lista oficial de possíveis causas de morte para um atestado de óbito. Assim, a própria comprovação da falha criminal também é um problema se abordar essa questão. Ademais, a falta de estrutura em parte dos hospitais e a formação deficiente dos profissionais da saúde também são fatores responsáveis pelos descuidos nessa área, pois além de utilizarem equipamentos imprecisos para obterem diagnósticos, muitos médicos e enfermeiros não passaram por uma formação adequada para lidarem com situações nas quais estão submetidos. Com isso, o erro médico é uma das principais causas de morte no Brasil. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementa (Iess) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), suspeita-se que 451 mil brasileiros tenham morrido devido à falhas em atendimentos médicos em 2015.       Portanto, para se combater o erro médico é preciso que os órgãos de saúde pública incluam na lista de possíveis causas de óbito essa falha extremamente grava. Dessa maneira, as próprias instituições de saúde serão capazes de atuar no problema usando a identificação do erro. Além disso, o governo também precisa aplicar uma prova ao final da graduação em áreas da saúde para o profissional possa exercer a profissão, similar ao que são submetidos os advogados, que passam pelo exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Assim, os profissionais estarão mais capacitados para não cometerem falhas por negligência ou impudência.