Na busca para alcançar uma boa qualidade de vida, o Século XXI tem sido marcado pela crescente preocupação da população com o bem estar e a saúde. Contudo, é possível notar o surgimento de diversas doenças que nunca pareceram afetar tanto o ser humano, e a indústria farmacêutica tem se aproveitado deste incômodo gerado para estimular a automedicação, assim como “criar” novos sintomas, a fim de aumentar seu público consumidor e lucrar cada vez mais com a venda de medicamentos. Primeiramente, é importante destacar que de acordo com dados do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), cerca de 79% dos brasileiros praticam a automedicação e devido ao fácil acesso, realizam o uso indiscriminado de determinados medicamentos. Nesse contexto, diversos prejuízos são causados a saúde pública, visto que cresce o risco de intoxicações pelo uso de analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios, e ainda, pode agravar a doença ou esconder determinados sintomas, pois o uso inadequado de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. Outro ponto que merece destaque é que na busca pela expansão de seu mercado consumidor para aumentar a venda de seus produtos, a indústria farmacêutica descobriu que o medo de doenças e até mesmo a hipocondria, são fatores que estimulam a venda de fármacos. Desta feita, criam novos sintomas e nomes diferentes para doenças já existentes para produzirem mais medicamentos, ao passo que induzem a aquisição destas drogas que, muitas vezes, são ineficazes, como se fossem a solução para as novas doenças. Desta forma, para que diminua os altos índices de automedicação no país, é necessário que o Ministério da Saúde, em parceria com os laboratórios farmacêuticos, conscientize a população, por meio propagandas e cartilhas, dos riscos causados pelo uso indiscriminado de determinadas drogas. Em adição, o Estado deve criar mecanismo de controle, a fim de evitar que esta indústria procriem doenças sem comprovação.