Enviada em: 09/07/2019

O processo de industrialização brasileiro, ao contrário dos países europeus, intensificou-se a partir do século XX. Atualmente, observa-se um número expressivo de indústrias nacionais, entre elas a farmacêutica, que vem ocupando cada vez mais espaço no cenário econômico. Sendo assim, nota-se alguns problemas na sociedade, como o aumento do uso de medicamentos devido à facilidade de compra, gerando um preocupante incentivo à automedicação.   Convém ressaltar, a princípio, que a facilidade de adquirir medicamentos apresenta-se como um fator culminante para o crescimento expressivo da indústria farmacêutica. De acordo com uma pesquisa realizada em 2017 pelo Estadão, a venda de remédios teve um aumento de 45% nos cinco anos anteriores. Essa facilidade de compra juntamente com o grande número de propagandas, incentiva o consumo desmedido de medicação, expondo a população a um alto risco de dependência e também intoxicação.   Em consequência disso, tem-se a automedicação que é fortemente influenciada por esses fatores. Curiosamente, essa situação também possui raízes culturais visto que no Brasil, principalmente entre os idosos, há um grande costume de compartilhar receitas de remédios caseiros para diversos sintomas. Dessa forma, essa prática foi sendo consolidada e agora os indivíduos se automedicam adquirindo os medicamentos químicos e acabam dispensando a tão importante prescrição médica.   Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver essa problemática. Cabe ao Estado, por meio de fiscalizações efetivas nos estabelecimentos farmacêuticos, não permitir a venda exacerbada  de medicamentos sem prescrição de algum profissional da saúde, a fim de diminuir o consumo desmedido que gera graves problemas. Ademais, órgãos municipais como as secretarias de saúde, devem promover campanhas e palestras educativas sobre os perigos da automedicação, a fim de conscientizar a população das consequências dessa prática.