Enviada em: 03/08/2019

A indústria farmacêutica começou a se desenvolver a partir do final do século XX e é a responsável por produzir, comercializar e distribuir medicamentos. Em tempos atuais, apresenta um aumento financeiro significativo e representa um oligopólio importante na economia mundial, movimentando até 63,5 bilhões de reais em 2016, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Todo esse lucro se sustenta em receitas desnecessárias e automedicações gerando uma sociedade viciada e dependente desta indústria.     O avanço técnico-informacional ocasionou em uma readaptação na sociedade, transformando a produção, venda e também o consumo. Este ultimo começou a ser estimulado por uma obsolescência programada e uma crescente variedade no mercado, aumentando a circulação de dinheiro através das compras. Desde então o capitalismo vem se tornando mais denso e readaptando diversos setores afim de embolsar mais dinheiro. Por conseguinte, a indústria farmacêutica viu no medo das doenças e até nos vícios da população uma oportunidade de cumprir o mandamento da ideologia capitalista e garantir um saldo positivo.       Em virtude de tal propósito industrial, o acesso a medicamentos é facilitado. Desta forma, o consumo de drogas medicinais sem prescrições médicas aumenta de forma gradual e viabiliza a automedicação, ato que chega a ser recorrente na vida de 91% das pessoas entre 25 e 34 anos de idade. Entretanto, os riscos oferecidos a saúde não são alertados e boa parte dos consumidores acabam sofrendo sequelas e desenvolvem vícios medicinais, outras doenças ou até hipocondria -que atinge cerca de 8% da população brasileira e ocasiona transtornos  de ansiedade, sobretudo o transtorno do pânico. No entanto, tais consequências gera a necessidade de outros medicamentos, fomentando ainda a indústria de drogas medicinais.     Em síntese, para obter lucros cada vez mais altos, a indústria farmacêutica abusa dos vícios medicinais e do medo populacional de doenças. Assim, para diminuir os riscos oferecidos à saúde da população é preciso que o Ministério da Saúde utilize de meios de comunicação para divulgar os problemas da automedicação através de propagandas informativas, afim de criar uma conscientização populacional. Além disso, é preciso uma melhor fiscalização por parte do Ministério da Saúde sobre o acesso aos medicamentos, pois diminuiria a facilidade com que a sociedade adquire as drogas medicinais. Por fim, estatizar indústrias farmacêuticas implicaria no fim da busca incansável pelo lucro que ocorre em empresas privadas e resultaria em cuidados maiores com a distribuição e comercialização de medicamentos.