Enviada em: 24/07/2019

O cavalo de Troia foi um grande cavalo de madeira, feito como presente pelos gregos para os troianos. Seu interior estava carregado por soldados gregos, que ao entrarem na cidade de Troia dominaram a mesma. Espelha-se na nossa realidade atual, a indústria farmacêutica usando a mesma estratégia grega sobre a população brasileira, onde esta é persuadida por meio de propagandas que aparentam ajudar mas que podem ter um efeito prejudicial no futuro. Nesse sentido convém analisarmos tais consequências diante desta postura negligente para a nossa sociedade.          Neste quadro, a falta de educação no assunto, propõem a visão de uma sociedade alienada, que em qualquer situação de sintomas físicos, vai em busca de remédios com efeitos imediatos. De acordo com o ICTQ (instituto de pós graduação para profissionais do mercado farmacêutico), mais de 90% dos cidadãos adultos consomem remédios sem nenhuma prescrita médica. Esses sintomas físicos podem ser alertas do organismo, que pode estar sofrendo falhas, e as mesmas não são corrigidas por substâncias que atingem o sintoma e não a raiz deste. A conservação desse comportamento citado, possibilita que os indivíduos dessa sociedade desenvolvam à longo prazo doenças mais críticas.     Faz-se mister, salientar que a farmácia fortalece os esteriótipos de aparência na sociedade contemporânea. Assim, esses conceitos de beleza padronizados se manifestam através do marketing feito pelas empresas a partir do incitamento e uso de drogas e suplementos alimentares, defendendo a consecução do corpo saudável. Com isso, muitos cidadãos são engodados e ludibriados pelas companhias e contribuem para o lucro financeiro e o crescimento de grandes empresas.       Infere-se, portanto, que a indústria farmacêutica pode ser um infortúnio na sociedade. Sendo assim, cabe ao Governo Federal fortalecer as agências reguladoras de mídia e propaganda, tencionando um maior controle na forma de divulgação dos medicamentos, por meio de especialistas qualificados na área que filtrem os anúncios de acordo com seu conteúdo. É necessário, ainda, incrementar palestras e debates em escolas dos municípios brasileiros com pais e alunos, por intercessão de psicólogos e médicos que expliquem e aconselhem a população sobre o uso sensato de medicamentos.