Enviada em: 27/07/2019

Em 1928,o médico escocês Alexander Fleming descobriu um antibiótico natural que revolucionou a medicina moderna.Com o advento da Penicilina,ocorreu um avanço significativo no tratamento de patologias e,consequentemente,a expansão  da indústria farmacêutica.No entanto,os novos fármacos não só possibilitou uma maior qualidade de vida,mas também suscitou o uso indiscriminado de medicamentos sem prescrição médica.Nesse contexto,deve-se analisar como a indústria cultural e a negligência estatal impulsionam tal problemática.    Em primeiro lugar,vale salientar que a publicidade farmacêutica está intrinsecamente ligada à lógica capitalista.Isso porque,segundo os filósofos Theodor Adorno e Max Horkheimer,a indústria cultural utiliza dos meios de comunicação de massas para disseminar padrões de consumo que geram uma falsa sensação de felicidade e prazer,corroborando com o ciclo vicioso do consumo.Sob esse viés,a indústria  farmacêutica se utiliza da propaganda de medicamentos sem prescrição médica como forma de promover um alívio imediato.Dessa forma,devido ao uso indiscriminado de medicamentos os indivíduos tornam-se suscetíveis a desenvolverem problemas de saúde mais graves,bem como de patologias mais resistentes.   Outrossim,é válido ressaltar a ineficácia  da fiscalização do Poder Público nas indústrias farmacêuticas.De acordo com dados do Conselho Federal de Farmácia,o Brasil está entre os dez países que mais consomem medicamentos no mundo.Nesse viés,no atual cenário neoliberal a atuação do Estado nas empresas é mínima,com vistas a atrair mais investidores estrangeiros.Entretanto,essas indústrias não são fiscalizadas de forma efetiva,na qual favorece a ocorrência de procedimentos ilegais e violações das legislações vigentes o que possibilita a venda de remédios sem o devido acompanhamento correto.Por conseguinte,a venda irrestrita de fármacos é um grave problema de saúde pública,na qual compromete  o bem-estar da sociedade.      Infere-se,portanto,que é imprescindível medidas para minimizar os perigos causados pela indústria farmacêutica.Logo,cabe ao Ministério da Saúde - órgão do Estado responsável pelas políticas públicas de saúde -promover campanhas midiáticas que alerte a população sobre os perigos causados pela autoprescrição e automedicação,por meio de profissionais capacitados como médicos e farmacêuticos,a fim de instruir os indivíduos a agir corretamente segundo as próprias necessidades e escolhas.Ademais,o Governo Central deve impor sanções a farmácias que abusarem da venda indiscriminada de fármacos,por via da instauração  de Secretárias especializadas em fiscalização,com o intuito de reverter esse panorama.