No seriado "Breaking Bad" o personagem principal, Walter White, começa a usar suas habilidades em química na produção de drogas para financiar seus anseios. Não distante da ficção, a industria farmacêutica tem agido de forma análoga ao se aderir ao viés capitalista de comercialização de curas. Nesse sentido, os perigos ligados à essa questão é um risco a seguridade populacional, tornando imprescindível a discussão sobre tal temática. A cerca disso, é pertinente trazer o discurso do sociólogo Karl Max, no qual ele afirma que a desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta a valorização do mundo das coisas. Partindo desse pressuposto, o caráter puramente mercantil que há na venda de medicamentos, faz com que, a industria farmacêutica, ao pensar somente nos lucros, não possui uma verdadeira preocupação com o consumo adequado de medicamentos. Assim, vem crescendo cada vez mais o uso excessivo do marketing em propagandas, corroborando para o uso demasiado de remédios sem critérios e responsabilidade. Outrossim, aliado a problemática supracitada se encontra o mascaramento de doenças graves. De acordo com pesquisa de 2016 feita pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 72% dos brasileiros se medicam por conta própria. Contudo, o uso dessas drogas sem acompanhamento médico pode esconder sintomas de doenças graves, o que leva um tardio tratamento. Logo, por não filtrar com criticidade as propaganda de medicamentos aliado a facilidade de compra, a auto prescrição de fármacos é um grave problema de saúde pública. Diante desse caso, é mister que o poder legislativo, em conjunto com o PROCON ( Programa de Proteção e Defesa do Consumidor), crie leis que proíbam propagandas de incentivo ao consumo de medicamentos, tornando os sujeitos mais dependentes da orientação médica. Ademais, por meio da aliança entre os ministérios da educação e da saúde deve-se lançar discussões nas escolas a respeito dos perigos da automedicação. Espera-se, com isso, o uso maléfico da química seja restrito a seriados.