Enviada em: 11/07/2018

O advento da Internet no final do século XIX promoveu mudanças e avanços, mas também problemas. Um destes foi o surgimento das notícias falsas, conhecidas por "fake news". Com isso, a ótica hodierna é permeada pela divulgação, por meio das redes sociais, de fatos inverídicos que  prejudicam os cidadãos e beneficiam políticos.       Em primeiro lugar, é relevante ressaltar as redes sociais como a principal forma de perpetuação de notícias falsas. Isso ocorre porque a velocidade de divulgação é muito alta, além de alcançar um elevado número de indivíduos em pouco tempo. De acordo com o sociólogo Manuel Castells, a Internet, mais do que uma tecnologia, é uma forma de integração. Por conta da necessidade de interagir, as pessoas, usualmente, não verificam a fonte da informação e repassam notícias sem credibilidade para os contatos. Assim, as redes sociais facilitam a prática das "fake news", principalmente porque não há fiscalização do conteúdo publicado.        Além disso, a criação de notícias falsas é uma prática recorrente por políticos e empresas. Esses as fabricam para divulgar informações que os beneficiem e, dessa forma, sejam uma ferramenta para ascensão social e para angariar popularidade. No Brasil, não há uma lei que proíba ou puna essa prática de divulgação de dados ilegítimos, o que prejudica a democracia. Logo, as notícias falsas são uma ameaça à população, visto que podem encobrir casos de corrupção e favorecer políticos.        Dessa forma, torna-se evidente que as "fake news" são um impasse na era da informação. É necessário, portanto, que o Legislativo, por meio de um projeto de lei, sancione a criação de um órgão que controle e que puna sites ou indivíduos que publicarem informações inverídicas. Além disso, a mídia pode realizar uma campanha de alerta às notícias falsas, mediante a publicação de vídeos educativos que ensinem a identificar uma informação caluniosa. Tais medidas devem ser tomadas a fim de minimizar e erradicar o problema das "fake news".