Enviada em: 29/10/2017

Durante a Segunda Guerra Mundial, o líder do Partido Nazista, Adolf Hitler, adotou propagandas falsas para valorizar sua imagem e manipular a população alemã acerca de suas medidas extremas, principalmente na questão antissemita. Na dinâmica contemporânea, as notícias falsas insistem em diversas sociedades – como a brasileira – por meio das redes sociais, contribuindo desde à desinformação generalizada, até a ampla difusão do ódio.          Em primeira análise, vale ressaltar que as redes sociais são as maiores ferramentas para expandir um boato. Segundo Zygmunt Bauman, o mundo vive em uma modernidade “líquida”, na qual a velocidade das informações expostas é maior do que a capacidade humana em absorvê-las. Nesse sentido, devido ao ritmo frenético cotidiano, poucas publicações lidas são realmente apuradas e, como consequência, uma mentira é adotada como verdade, o que – inclusive – pode levar indivíduos a confiarem no que leram/viram, criando uma rede de cidadãos cegos da própria realidade.        Outrossim, a manifestação das “Fake News” coopera para a difusão de publicações intolerantes. Muitos sites – para atraírem maior quantidade de visualizações – expõem matérias com títulos chamativos e/ou conteúdos falsos e preconceituosos. Diante disso, diversas pessoas as quais concordam com estas tendem a compartilharem tais publicações, o que pode fortalecer pensamentos discriminatórios e, consequentemente, colocar em perigo os grupos/cidadãos alvos das notícias incorretas.          Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para amenizar a expansão das falsas publicações. Tendo em vista a questão exposta, cabe instruir a população acerca destas e punir quem difunde o ódio nas redes. O Ministério das Comunicações, em parceria com a mídia, deve elaborar propagandas - a serem expostas tanto em TV aberta, como nas redes sociais – que divulguem a importância do cidadão em verificar a fonte da notícia, além de desconfiar de títulos sensacionalistas, com o fito de alertar aos cidadãos de que nem tudo o que está na internet é verídico. Ademais, o Poder Legislativo deve especificar uma lei contra notícias falsas as quais danificam a imagem de algum indivíduo, a fim de penalizar os cidadãos que propagam postagens com a intenção de ferir outros. Dessa forma, um dia, a internet será um lugar mais verdadeiro e civilizado.